Duas carreatas, uma de protesto e outra a favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), vão marcar as comemorações do Dia do Trabalhador neste sábado (1º) em Campo Grande. Além de parar o Centro da Capital, as manifestações podem elevar o clima de tensão. Aliados do presidente querem o direito ao trabalho, enquanto sindicalistas exigem ações contra o desempregado, vacina e auxílio emergencial de R$ 600.
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A CUT (Central Única dos Trabalhadores) e a Fetems (Federação dos Trabalhadores da Educação) estão convocando para a Carreata da Solidariedade, a partir das 8h30, na frente da entidade, no início da Rua 26 de Agosto. Os veículos devem percorrer as avenidas Duque de Caxias e Afonso Pena e até a Feira Central, na Rua 14 de Julho.
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De acordo com Vilson Gregório, presidente da central, a carreata vai pedir emprego, vacina, renda, democracia, e auxílio emergencial de R$ 600. “O valor de R$ 250, pago atualmente, não supre as necessidades mínimas do trabalhador”, avalia o sindicalista. “Vamos bombardear o desgoverno do Bolsonaro”, ressaltou.
“Não tem nada de bom para o trabalhador comemorar”, lamentou Gregório. “A grande carreata vai defender as pautas da educação e de todos os trabalhadores do Brasil”, defendeu Jaime Teixeira, presidente da Fetems.
Além da carreata, as entidades vão promover arrecadação de alimentos para entregar cestas básicas para os desempregados. No mês passado, a CUT entregou 100 botijões de gás para a população carente como forma de protestar contar o valor do produto no País. Na Capital, o botijão beira os R$ 100.
Na outra ponta da Capital, dois movimentos estão convocando a população para defender o presidente da República. O deputado estadual Capitão Contar (PSL) vai comandar a moto-carreata, a partir das 8h30, no estacionamento do Yotedy, no estacionamento do Parque das Nações.
Os movimentos QG Voluntários do Bolsonaro, Pátria Livre, Fora Corruptos e o Agro não Para convocaram para o mesmo horário a carreata a partir da Cidade do Natal, nos altos da Altos da Avenida Afonso Pena. Eles planejam iniciar a manifestação a partir das 9h.
A pauta é a mesma das duas carreatas: em defesa do direito ao trabalho (em alusão ao lockdown e restrições como toque de recolher), apoio a Bolsonaro, impressão e contagem pública de votos e em defesa dos direitos constitucionais.
Esta será a primeira vez que os dois grupos, contra e a favor de Bolsonaro, convocam protestos na Capital para o mesmo dia e horário. A princípio, os trabalhadores pretendem ir até a Rua 14 de Julho. No entanto, as duas carretas devem percorre a Avenida Afonso Pena, enquanto uma desce, a outra deve subir a via.
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