Campo Grande não terá lockdown. O descarte do bloqueio total de circulação com a manutenção apenas dos serviços essenciais foi descartado pelo prefeito da cidade, Marquinhos Trad (PSD). Em publicação feita pelo Facebook (live), o administrador da Capital afirmou fez uma série de críticas sobre a pressão para o decreto de lockdown e apontou que ilações sobre o assunto não passariam de notícias falsas (fake news).
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De acordo com o prefeito, a expectativa de bloqueio da circulação da população não deve ocorrer devido a dois fatores: a redução da pressão sobre a ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) e a ampliação do serviço nos hospitais. Trad apresentou em números a comparação entre a ocupação de leitos nos dias oito e dez de julho e 1.º e 3 de julho, quando houve, respectivamente, 84 e 41 pessoas internadas em UTIs da cidade. A queda, apontou, é explicada pela redução da circulação imposta pelo toque de recolher. Assim, medidas ainda mais restritivas, como o bloqueio total estão descartadas.
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Trad considera situação estável, mas promete aumentar quantidade de leitos de UTI
O prefeito Marquinhos Trad considerou estável a ocupação de leitos de UTI em Campo Grande e indicou que haverá ampliação deste tipo de serviço. De acordo com Trad, há estabilidade na quantidade de infecções pelo novo coronavírus na cidade e a 73% dos leitos de UTI estão ocupados. São 241 leitos no total para atender a Capital e mais 34 municípios sul-mato-grossenses.
Do total, 176 estão ocupados, mas há previsão de aumentar a quantidade de leitos. A lotação atual é de 82% dos leitos do Hospital Regional, 91% da Santa Casa, 54% do Hospital do Câncer, 96% do Hospital Universitário, 15% do Proncor e nenhum no El Kadri. Marquinhos Trad disse que, apesar de não haver lotação completa, está prevista a ativação de mais 18 leitos no HR e outros dez no HU.
Cientistas riscam vermífugos da lista de remédios contra a covid-19
Os vermífugos ivermectina e nitazoxanida foram excluídos como eficientes para o tratamento da covid-19. A conclusão é da primeira triagem de drogas realizada pelo Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP) e que analisou 65 medicamentos. Entre os medicamentos, os dois vermífugos não apresentaram resultado satisfatório para curar os doentes infectados pelo Sars-CoV-2, o coronavírus causador da covid-19.
Como a doença é nova, cientistas testam vários medicamentos como forma de amenizar os sintomas apresentados pelos pacientes. E, mesmo por ser nova a doença, muitos são excluídos do protocolo de tratamento, enquanto outros são incluídos para testes. Mesmo sem resultados conclusivos, há medicamentos distribuídos pelos serviços de saúde e, após a exclusão da pesquisa, a indicação permanece para que os estoque sejam escoados.
No estudo conduzido pela ICB, por exemplo, a droga mais promissora é usada para tratar o câncer de próstata. Por enquanto, os resultados são considerados animadores, mas isto não indica em mudança de postura dos cientistas após estudos mais detalhados.
Justiça desobriga e planos de saúde não precisam mais testar contra a covid
A ANS (Agência Nacional de Saúde) conseguiu na Justiça desobrigar os planos de saúde a realizarem os testes para identificar a covid-19. Os planos estavam obrigados a fornecerem aos beneficiários os testes para revelar a presença do vírus ou de anticorpos da covid. A defesa da ANS indicou que há incertezas em relação à realização dos testes e, por isso, entrou com o pedido de liminar para derrubar o direito dos consumidores, que só entrou em vigor em junho. Enquanto a decisão não é revertida, o SUS (Sistema Único de Saúde) é o responsável e tem a capacidade para a realização dos testes. Há, ainda, a opção participar, em que os preços variam conforme a localidade.
Fazemos o boletim covid-19 porque:
Em dezembro de 2019, as autoridades de chinesas de informaram a OMS (Organização mundial de Saúde) sobre o surto de uma nova doença, que foi nomeada posteriormente de covid-19. Em 11 de março, a OMS anunciou que as infecções atingiam proporções epidêmicas. Os dados sobre casos e mortes são fornecidos pela Universidade Johns Hopkins, mas podem não representar a totalidade por conta da subnotificação registrada em muitos países, como o Brasil, que mudou a sistemática de divulgação dos indicadores relativos à covid-19.
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