Mato Grosso do Sul conta com dois parlamentares entre “Os Cabeças do Congresso”, elaborado pelo DIAP (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), que lista os 100 deputados federais e senadores mais influentes. Com mais dois políticos em ascensão, o Estado tem quatro no “Top 150” e repete o melhor resultado na história pela segunda vez.
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Conforme reportagem do Correio Braziliense, publicada neste domingo (veja aqui), Fábio Trad (PSD) e Simone Tebet (MDB) integram a lista dos 100 parlamentares mais influentes da atual legislatura, iniciada em fevereiro deste ano. O órgão considerou aspectos institucionais de reputação e de decisão, a partir de postos ocupados, capacidade de negociação e liderança entre os 513 deputados e 81 senadores.
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Estreantes, Beto Pereira (PSDB) e Nelsinho Trad (PSD) aparecem como parlamentares em ascensão, que recebem missões partidárias e buscam abrir canais de interlocução, criando espaços próprios.
Advogado e vice-líder do PSD, Fábio apresentou 11 projetos de lei neste ano, que inclui maior pena por omissão de socorro para quem filmar ou fotografar cena de acidente em vez de prestar socorro.
Ele é titular da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania e de Legislação Penal e processual penal. O parlamentar integrou a Comissão Especial da Reforma da Previdência e votou a favor da proposta encaminhada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL).
Simone ganhou notoriedade ao enfrentar o senador Renan Calheiros (MDB) e participar da articulação que levou a eleição do atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM). Ela não apresentou nenhum projeto neste ano e é presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado.
Ex-prefeito de Terenos e no primeiro mandato de deputado federal, Beto Pereira surpreendeu ao superar veteranos, como o petista Vander Loubet, no quinto mandato, e parlamentares polêmicos, como Loester Trutis (PSL). Ele é 1º vice-líder do PSDB e titular das comissões da PEC da Previdência e do Fundo de Participação dos Municípios.
O tucano apresentou dois projetos de lei. O destaque é o que propõe transferir os feriados para segunda ou sexta-feira. A proposta retoma prática do Governo de José Sarney (MDB) e só não atinge o Ano Novo, Independência, Nossa Senhora Aparecida e Natal.
Prefeito da Capital por dois mandatos, Nelsinho é titular em várias comissões e presidente a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional. Antes de assumir o mandato, ele trocou o PTB, do qual era presidente regional, pelo PSD.
O senador apresentou cinco projetos de lei. O destaque é o que obriga companhias aéreas a indenizar ou reacomodar o passageiro no caso de atraso no voo por mais de quatro horas. Atualmente, a empresa só é obrigado a tomar a medida no caso de cancelamento do voo.
Mato Grosso do Sul só conseguiu colocar quatro representantes entre os mais influentes do Congresso em 2014, quando os cabeças eram Fábio Trad e Delcídio do Amaral, na época no PT, e em ascensão, o deputado Luiz Henrique Mandetta (DEM) e o senador Waldemir Moka (MDB).
Nos últimos dois anos, MS teve três entre os mais influentes. Em 2016, ano da cassação de Delcídio, que figurou entre os cabeças por mais de 10 anos, só Moka passou a integrar a lista.
O primeiro a integrar “Os Cabeças do Congresso” foi o deputado federal Saulo Queiroz (DEM), em 1995. O Estado ficou seis anos, de 1996 a 2001, sem nenhum parlamentar de destaque. Ou seja, no período, a atuação dos oito deputados e três senadores era inexpressiva.
A situação só mudou em 2002, quando Ramez Tebet (MDB), notabilizou-se no comando da Comissão de Ética, ao analisar o escândalo que levou à renúncia dos senadores Antônio Carlos Magalhães (DEM) e Jader Barbalho (MDB), e acabou sendo eleito presidente do Congresso.
Delcídio foi o político sul-mato-grossense que mais integrou o ranking, por 10 ocasiões, sendo nove anos consecutivos. Atualmente, o ex-senador está inelegível até 2026 porque teve o mandato cassado após ser preso acusado de comprar o silêncio de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras e delator da Operação Lava Jato. Ele foi absolvido da acusação e tenta recuperar os direitos políticos no Senado e no STF.