Um dos cinco servidores investigados na Operação Nota Zero, da Polícia Federal, é o engenheiro civil Paulo Henrique Malacrida, diretor-geral de Infraestrutura, Administração e Apoio Escolar da Secretaria Estadual de Educação. Integrante da administração tucana desde 1ª de janeiro de 2015, ele foi promovido a secretário especial este ano pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB).
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Malacrida é acusado de integrar a organização criminosa, formada por 13 pessoas e 11 empresas, criada para fraudar contratos e desviar recursos da educação. Os contratos investigados somam R$ 9,6 milhões.
Malacrida é acusado de integrar a organização criminosa, formada por 13 pessoas e 11 empresas, criada para fraudar contratos e desviar recursos da educação. Os contratos investigados somam R$ 9,6 milhões.
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Outro suspeito de integrar o esquema criminoso é Eduardo José Monteiro Serrano, irmão da ex-senadora e conselheira aposentada do Tribunal de Contas do Estado, Marisa Serrano. O Campo Grande News publicou, ontem, que ele atuaria como lobista e usava o nome e a influência da irmã nas fraudes.
Os desvios ocorreram nas obras de oito escolas, seis na Capital e duas no interior, que foram adaptadas para funcionar em tempo integral para atender os estudantes do ensino médio. A Polícia Federal entrou na história porque o Governo do Estado aderiu ao programa do Ministério da Educação para ampliar o número de escolas em tempo integral.
Durante coletiva nesta quarta-feira (8), o delegado Leonardo Caetano confirmou que um diretor da Secretaria Estadual de Educação foi alvo dos mandados de busca e apreensão. No entanto, ele não revelou o nome porque o juiz Dalton Kita Conrado, da 5ª Vara Federal de Campo Grande, manteve o sigilo do inquérito.
O Jacaré apurou com duas fontes que o diretor investigado é Paulo Henrique Malacrida, que trabalha como assessor da pasta desde a posse da atual secretária de Educação, Maria Cecília Amendola da Motta. Ela não é alvo do inquérito.
Conforme o Portal da Transparência, ele foi superintendente da Secretaria de Educação de janeiro de 2015 até março de 2016, quando recebia salário mensal de R$ 10.158. No entanto, ele continuou como assessor do órgão e teve aumento de 50% no subsídio, que passou a ser de R$ 15.294,72.
Reeleito, Reinaldo o manteve na equipe, mas o promoveu ao cargo de secretário especial. Com a promoção, o salário do engenheiro dobrou e ele passou a receber R$ 28.033,42 neste ano, de acordo com os dados divulgados pelo próprio Governo.
Como Maria Cecília é a secretária titular da pasta, Malacrida não é adjunto, mas recebe salário como segundo secretário da Educação.
Ele foi convidado para prestar depoimento na Superintendência da Polícia Federal na manhã de ontem.
O Governo não se manifestou sobre as medidas adotadas em relação aos funcionários envolvidos com a organização criminosa. No entanto, o Estado divulgou nota para destacar que está colaborando com as investigações e pediu para não se fazer julgamento prévio dos envolvidos.