Último colocado na disputa do Senado nas eleições do ano passado, Dorival Betini, 54 anos, é mais um contemplado com cargo comissionado no segundo mandato do governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Ele foi nomeado com o assessor na Secretaria Estadual de Saúde, onde terá salário de aproximadamente R$ 9,2 mil por mês.
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A nomeação foi publicada na terça-feira (5). Betini vai ser assessor de gabinete do secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende. Desde a posse, no dia 1º de janeiro, o tucano segue nomeando comissionados. Pela lei aprovada pela Assembleia Legislativa no ano passado, Reinaldo poderá nomear 3.064 ocupantes de cargos de confiança.
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Betini foi candidato a senador pelo PMB (Partido da Mulher Brasileira) e conseguiu apenas 14.415 votos, ficando em último lugar na disputa. Ele ficou atrás até de Anísio Guató (PSOL).
Bacharel em Direito, ele é muito ligado ao secretário de Saúde. Geraldo Resende o indicou para o cargo de delegado federal do Desenvolvimento Agrário em 2016 e superintendente do Ibama em 2017.
Acostumado aos bastidores da política, onde já trabalhou com o deputado estadual Londres Machado (PSD) e com o principal articulador político do PSDB, Betini disputou a primeira eleição na sua história.
Conforme Betini, na função de DCA-3, ele dará suporte ao secretário em “todos os assuntos pertinentes ao gabinete”.
Ele vai ganhar o mesmo salário garantido a Maria Thereza Trad Alves, a Tetê Trad (PTB), que não conseguiu se eleger deputada estadual e é irmã do prefeito da Capital, Marquinhos Trad, do deputado federal Fábio Trad e do senador Nelsinho Trad, todos do PSD.
Apesar de mais de duas mil pessoas já terem sido nomeadas pelo governador, há uma fila de espera por cargos de confiança no segundo mandato do tucano.
A ex-deputada estadual Mara Caseiros (PSDB) e o ex-senador Pedro Chaves (PRB) ainda não foram nomeados. Ela não conseguiu a reeleição, mas é cotada para assumir a Fundação de Cultura.
O ex-senador rompeu com o juiz Odilon de Oliveira (PDT) e desistiu de tentar a reeleição, considerada difícil, em troca da promessa de obter cargo no segundo mandato de Reinaldo. Inicialmente, o governador cogitou criar uma agência supostamente de desenvolvimento para entregar a Pedro Chaves.
No entanto, a agência não foi criada e o herdeiro da vaga de Delcídio do Amaral no Senado deverá ficar com a chefia do escritório de representação do Governo do Estado em Brasília.