O vereador Sandro Benites (Patri) usou berrante para convocar o “gado verde e amarelo” para a manifestação de apoio ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), na próxima terça-feira (7). O evento deverá ocorrer na manhã no Centro da Capital e vai mirar os ministros do Supremo Tribunal Federal.
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Com a bandeira do Brasil e chapéu, Benites usou o mesmo termo usado pelos críticos do presidente para se referir aos boslonaristas. “Vamos abrir a porteira para o gado verde e amarelo”, afirmou.
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O deputado estadual Capitão Contar (PSL), que convocou motociciata para o Dia da Independência, também usou o mesmo termo. “Aos que nos chamam de gado, preparem-se para ver o estouro da boiada”, proclamou, prometendo um evento gigante.
De acordo com o vereador, a manifestação será a partir das 9h na Praça Ary Coelho. Ele conclamou os evangélicos a participar do ato de defesa de Bolsonaro. Ele disse que o movimento será “legal, constitucional e pacífico”. Aos que dizem que o movimento não é de Deus, às 10h, estaremos em uma oração com uma série de pastores”, disse.
O vereador repetiu que o movimento será integrado pelas famílias e cristãos. Sandro teve o mandato de vereador cassado pela Justiça Eleitoral por ter usado verba destinada às mulheres na campanha eleitoral. Ele recorreu e aguarda o julgamento do recurso no Tribunal Regional Eleitoral.
O vereador Marcos Tabosa (PDT) criticou a convocação dos evangélicos para participar da passeata e motociata em defesa de Bolsonaro. “Estranho o movimento evangélico conclamar os irmãso a irem para às ruas. Cristo conclamava para fazer vigília dentro das igrejas”, afirmou. Para o pedetista, o Brasil não está sob ataque para precisar que uma multidão vá às ruas defende-lo. “O Brasil está sob ataque de quem?”, questionou.
Ayrton Araújo (PT) afirmou que todo mundo tem direito a se manifestar, mas defendeu o protesto contra Bolsonaro, que será comandado pela Igreja Católica e pelos movimentos sociais. Sem citar nominalmente o Grito dos Excluídos, que acontece há décadas no dia 7 de Setembro, ele disse que a mobilização será por comida no prato e vacina no braço.
O movimento a favor de Bolsonaro e contra o Supremo conta com o apoio dos vereadores Tiago Vargas (PSD), Alírio Vilassanti (PSL), do Pastor Clodoilson Pires (Pode) e do Dr. Loester (MDB). “Apoio o movimento, porque o nosso Governo está sob ataque”, afirmou o emedebista, apesar das lideranças nacionais do seu partido bombardearam as ações antidemocráticas de Bolsonaro.
Vargas fez um discurso aos berros e não permitiu ser questionado por nenhum outro vereador. Aos gritos, ele criticou a esquerda, que estaria com medo do “ato gigante em defesa de Bolsonaro”.
“As pessoas de Deus não aguentam o Brasil no caminho da destruição”, berrou o vereador. “Vamos dar o novo grito da independência e Bolsonaro até 2026”, gritou Tiago. Ele convocou os evangélicos para participarem do ato a partir dadas 10h na Praça do Rádio.