Centenas de veículos participaram de megacarreata, na manhã deste domingo (14), em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e protesto contra os ministros do Supremo Tribunal Federal. Eles também protestaram contra o toque de recolher decretado pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB) para tentar controlar a pandemia da covid-19 e pediram intervenção militar.
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Com trio elétrico, o grupo percorreu praticamente toda a extensão da Avenida Afonso Pena. A carreata começou na Avenida Via Parque e terminou com o canto do hino nacional na Avenida Duque de Caxias, em frente ao Comando Militar do Oeste.
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Conforme cartazes e postagens nas redes sociais, o grupo pediu “socorro às Forças Armadas. “Salvem o Brasil do comunismo” era um dos motes usados para convocar o protesto. Eles também pediram “contagem pública de votos”, algo que não existe desde o final do século XVIII, e contra o lockdown, que foi decretado em algumas cidades como medida para reduzir a ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
Durante o percurso, o locutor explicou o motivo dos veículos estarem com cartazes em inglês com críticas ao STF. Como Bolsonaro estaria sendo alvo de campanha de difamação no exterior, sendo chamado de ditador, os manifestantes foram às ruas com a frase em inglês para dizer que a “corte constitucional do Brasil despedaçou a república”.
O objetivo é produzir um vídeo para mostrar o apoio da população a Bolsonaro para divulgar no exterior. As frases em inglês é para que os gringos não tenham trabalho para entender a mensagem contra o STF.
Conforme os organizadores, o objetivo é mostrar ao mundo que os ministros do Supremo Tribunal Federal estão causando desordem, insegurança jurídica e quebrando os valores republicanos. Um dos alvos da revolta é o ministro Edson Fachin, do STF, que monocraticamente anulou as condenações e devolveu os direitos políticos ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Outro argumento para a megacarreata foi o pronunciamento de Bolsonaro na quinta-feira, na qual garantiu que fará a vontade dos brasileiros. Para o grupo, a manifestação foi a senha de que poderá decretar intervenção militar se a medida extrema for solicitada pela sociedade.
Durante o ato, os manifestantes estavam vestidos com camisetas verde e amarela e portavam a bandeira do Brasil.