A 11ª Turma do TRF-3 (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região reduziu de 17 para 14 anos a sentença aplicada contra Pedro Paulo Lopes, por lavagem de dinheiro e tráfico internacional de drogas. O réu era parceiro de Jarvis Chimenes Pavão, ex-morador de Ponta Porã, famoso traficante, encarcerado desde 2019.
Pedro Paulo, segundo apuração da Polícia Federal, negociava drogas com Pavão – cocaína, principalmente. O réu e Pavão caíram nas investigações da PF em 2014, uma década atrás no âmbito da Suçuarana, operação tocada por investigadores da PF do Rio Grande do Sul.
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O tido traficante foi condenado a 17 anos em 2019, pela Justiça Federal, em Campo Grande.
Uma das queixas da defesa de Pedro Paulo foi a de que que a justiça em MS não poderia ter sentenciado o réu porque o processo contra ele corria em Porto Alegre, capital gaúcha.
Apurações contra Pedro Paulo indicam que todo o dinheiro arrecadado com droga custeava compras de imóveis, dólar e outros bens que eram registrados em nomes de laranjas.
A defesa dele tentou desmerecer a denúncia.
Ainda conforme o processo judicial, Pedro Paulo agia no tráfico por meio de uma empresa de transporte com sede na cidade de Dourados, que estava inscrita também em nome de laranjas.
Era missão de Pedro Paulo em camuflar a droga em compartimentos de caminhões, que seguiam da região de fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai para o estado do Rio Grande do Sul. Para lavar o dinheiro, o réu, assegura a denúncia, negociava com doleiros que agiam em território paraguaio.
A redução da pena contra Pedro Paulo foi conduzida pelo desembargador federal Fausto de Sanctis.