O juiz Márcio Alexandre Wust, da 6ª Vara Criminal de Campo Grande, suspendeu os julgamentos agendados e ações referentes da Operação Courrier, deflagrada contra advogados supostamente ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital). Os pedidos foram suspensos por causa do pedido de suspeição feito pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).
Havia julgamentos dos advogados Bruno Ghizzi, Jhonatas Wilson Moraes Candido, Luiz Gustavo Battaglin Maciel, Marco Antônio Arantes de Paiva, Marlon Guilherme Roriz Guimarães, Maxuesle Rodrigues Andrade eRodrigo Pereira da Silva Corrêa para o dia 27 do mês passado. Outro julgamento deveria ocorrer em meados de abril.
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“Ante o exposto, determino a suspensão das ações penais relativas à Operação Courrier (autos n.º 0956612- 51.2022.8.12.0001, n.º 0956615-06.2022.8.12.0001, n.º 0956616-88.2022.8.12.0001) até o julgamento desta EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO”, pontuou Wust, em despacho publicado nesta terça-feira (4).
O MPE pediu a suspeição após os promotores flagrarem uma conversa entre o juiz e um dos réus, o advogado Marco Antônio Arantes de Paiva, na qual ele critica o Gaeco e a manutenção da prisão dos advogados pela Justiça estadual. Ele até disse que deixava “brecha” para os réus conseguirem reverter as decisões no STJ.
O juiz negou o pedido de suspeição e para enviar a ações para o substituto legal. Agora, o pedido de suspeição será julgado pelo Tribunal de Justiça.