José do Patrocínio Filho doou R$ 100 mil para a campanha pela reeleição da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), que teve receita total de R$ 6,1 milhões no primeiro e segundo turno. Segundo maior doador pessoa física, o empresário é réu pelos crimes de corrupção, peculato e organização criminosa e por improbidade administrativa.
Adriane declarou ter recebido R$ 5,049 milhões do diretório nacional do Progressistas, responsável pela distribuição do dinheiro proveniente do Fundo Especial Eleitoral, o polêmico Fundão. Outros R$ 290,9 mil foram repassados pelo diretório regional do PP, presidido pela senadora Tereza Cristina.
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O maior doador pessoa física foi o produtor rural Almir Dalpasquale, que depositou R$ 550 mil para a campanha vitoriosa da atual prefeita. O segundo maior doador, com R$ 100 mil, foi José do Patrocínio Filho.
O empresário virou réu pelo desvio de R$ 7,4 milhões n Departamento Estadual de Trânsito junto com o deputado estadual Gerson Claro (PP), atual presidente da Assembleia Legislativa. Eles respondem por ato de improbidade administrativa e na esfera criminal pelos crimes de corrupção, peculato e organização criminosa.
José do Patrocínio Filho ainda é réu pelo desvio de R$ 9,6 milhões do Tribunal de Contas do Estado. Ele responde pela irregularidade na 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos.
Despesas
Adriane gastou R$ 6,082 milhões na campanha pela reeleição. Houve um saldo positivo de R$ 23,5 mil. A adversária, Rose Modesto (União Brasil), que não teve o apoio da máquina, declarou despesas de R$ 13,3 milhões.
A maior despesa de Adriane, mais de R$ 1 milhão, foi com serviços advocatícios, sendo R$ 600 mil para o Avalo, Rizkallah, Andrade e Meliso Advogados – do ex-procurador geral da prefeitura, Alexandre Ávalo, do juiz Alessandro Carlo Meliso Rodrigues e José de Andrade Neto – e R$ 415 mil para Fontoura Advocacia, de José Valeriano Fontoura.
Foram gastos R$ 1 milhão com a Contexto Consultoria e Pesquisas (marketing), R$ 512,6 mil com o impulsionamento de conteúdo no Facebook, R$ 500 mil com a Farol Consultoria (estratégia de marketing) e R$ 450 mil com a Lujje Soluções e Comunicação (produção de programas).
Adriane foi eleita com 222.699 votos (51,45%) e venceu a ex-superintendente da Sudeco, Rose Modesto, que teve 210.112 votos (48,55%).