A Prefeitura de Campo Grande oficializou a retomada do polêmico corredor do transporte coletivo, cuja obra estava parada há quase três anos e causou até acidentes com morte. Conforme o edital lançado nesta quarta-feira (6), a conclusão do corredor da Avenida Marechal Deodoro custará R$ 10,4 milhões.
A Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos prevê a conclusão da obra, uma extensão de três quilômetros entre os terminais Aero Rancho e Bandeirantes, em um ano. O período de obras no estilo “vapt vupt” acabou com a campanha eleitoral.
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A obra foi iniciada em 2016 na gestão de Alcides Bernal (PP) e seria concluída pelo Exército por R$ 24 milhões. No entanto, os militares só concluíram o trecho das ruas Guia Lopes e Brilhante, entre a Avenida Afonso Pena e o Terminal Bandeirantes.
Marquinhos Trad (PDT) realizou uma nova licitação e a obra foi parcialmente executada, com os enormes pontos de ônibus inacabados no meio das avenidas Marechal Deodoro e Günter Hans. Houve até a morte de um motociclista jovem próximo ao Trevo Imbirussu.
Na campanha eleitoral, os corredores causaram polêmica. O candidato do PSDB, Beto Pereira, prometeu usar uma picareta para destruí-los. A prefeita Adriane Lopes (PP) ignorou a crítica dos comerciantes e parte da população e antecipou que iria concluir os corredores conforme estava previsto no projeto. O Governo federal liberou R$ 150 milhões, mas o dinheiro ficou parada e as obras suspensas.
Conforme o edital, a licitação será aberta no dia 25 deste mês, a partir das 8h. O vencedor do certame deverá concluir a obra em 360 dias a partir da ordem de serviço. O projeto prevê quatro ilhas de embarque no meio do canteiro entre os dois terminais e a retirada de todas as arvores.