Réu por corrupção e organização criminosa pelo desvio milionário na Prefeitura Municipal de Sidrolândia, o vereador Claudinho Serra (PSDB) vai ser encostado pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e receber benefício de R$ 7.786,02. O valor representa redução de 60% em relação ao salário atual de vereador da Capital – R$ 18.991,69.
O tucano vai ser obrigado a “sobreviver” com o valor do teto da previdência do regime geral – o equivalente a cinco salários mínimos e meio. Como parlamentar na Capital, ele ganha o equivalente a 13 salários mensais.
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Claudinho está afastado do legislativo desde o início de abril deste ano quando foi preso na Operação Tromper, investigação deflagrada pelo Ministério Público Estadual para apurar desvios milionários na prefeitura comandada pela sogra, Vanda Camilo (PP). Ele ficou afastado e recebendo salário normalmente, mesmo faltando ao serviço nos 23 dias em que ficou atrás das grades.
Solto graças a uma liminar do desembargador José Ale Ahmad Netto, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, o tucano passou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica. No entanto, ele apresentou atestado médico e se afastou da Câmara por 30 dias.
Aconselhado pelo presidente regional do PSDB, Reinaldo Azambuja, Claudinho pediu licença sem remuneração por 120 dias. O novo prazo venceu e ele apresentou atestado médico para prorrogar o afastamento por mais 30 dias.
De acordo com o presidente da Câmara Municipal, Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), o parlamentar deverá passar por duas perícias médicas. A primeira será pelo IMPCG (Instituto de Previdência de Campo Grande) para voltar a receber o salário de vereador por 15 dias.
Em seguida, ele deverá ser submetido a nova perícia para ser incluído na folha de pagamento do INSS e voltar a ser um cidadão comum, que vai sobreviver com o benefício de R$ 7.786,02. O vereador teve R$ 12,5 milhões bloqueados pela Justiça em decorrência das suspeitas de corrupção em Sidrolândia.