O ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB) e o deputado estadual João Henrique Catan (PL) explicaram porque recusaram o acordo proposto pelo Ministério Público Federal e vão enfrentar a investigação por atentado contra o estado democrático de Direito. O primeiro afirmou que sempre foi “defensor do estado democrático de direito”, enquanto o segundo vê perseguição do colega de parlamento, Zeca do PT.
“Comparecemos à Justiça Federal e, lá, foi proposto para mim e para o Capitão Contar um acordo de não persecução penal, acordo para não instaurar o processo. Mas nós -, diferentemente de outras pessoas, de outros partidos que entraram na sede da Justiça Federal e saíram de lá com medo”, reagiu João Henrique, criticando o ex-secretário municipal de Saúde, Sandro Benites (PRD), que aceitou o acordo para pagar R$ 7 mil e se livrar da denúncia.
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“Saímos com a certeza de que queremos que o devido processo aconteça, independente de qualquer embaraço; que haja investigação e o encerramento do caso”, afirmou o parlamentar.
“Não aceitamos o acordo por ter certeza da perseguição que o Zeca do PT fez conosco por sermos adversários dele e do presidente Lula. Não temos nenhum receio, aguardaremos as próximas etapas do devido processo legal e caminharemos sempre em cima da verdade”, criticou o bolsonarista.
“Minha vida pessoal e profissional sempre foram norteadas por princípios éticos e morais. Sou e sempre serei um defensor da ordem e do progresso, dos preceitos legais e do pleno estado democrático de direito. Não há em meus posicionamentos pessoais ou políticos qualquer ato, fala ou fato relacionado com o objeto da denúncia”, disse Capitão Contar, que foi candidato a governador em 2022 e segue fiel apoiador de Bolsonaro.
“Jamais incitei crime algum, muito pelo contrário, e por isso não vejo razões para concordar com a transação penal hoje proposta pelo Ministério Público Federal. Minha vida segue aberta, limpa e sempre à disposição para qualquer esclarecimento”, justificou-se.
“Estamos muito tranquilos em relação ao procedimento, pois sabemos que o verdadeiro ato antidemocrático foi a denúncia feita, que desrespeita a seriedade das instituições como o Ministério Público e o Tribunal de Justiça, apenas para produzir um marketing político vazio e medíocre. O Ministério Público já se manifestou pela completa impertinência da denúncia feita pelo candidato do PT, que desesperado pela atenção da mídia, tenha se socorreu a um ato como esse”, reagiu o advogado de Contar, Pedro Garcia.