O empresário Diego Aparecido Francisco foi preso nesta semana em Dourados, a 220 quilômetros da Capital, por estelionato. Ele é réu junto com o ex-prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (sem partido), de tentar dar o golpe do falso leilão de um prédio em um casal evangélico, que teve prejuízos de R$ 800 mil.
O Jacaré apurou que o processo que levou à prisão de Diego tramita em sigilo. Ele é réu em vários processos por golpes diversos, desde a venda de veículos e calotes em bancos.
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Olarte chegou a ficar preso para cumprir a pena de oito anos e quatro meses que foi condenado por corrupção pela Seção Especial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Atualmente, o empresário e pastor evangélico está em liberdade condicional.
O juiz Márcio Alexandre Wust, da 6ª Vara Criminal de Campo Grande, aceitou a denúncia por estelionato contra Gilmar Olarte, a gerente do Banco Safra, Alessandra Carilho de Araújo, e o empresário Diego Aparecido Francisco. Eles são réus por terem aplicado o golpe do falso leilão de um prédio em um casal de evangélico, que acabou tendo prejuízos de R$ 800 mil.
O magistrado concluiu que as provas demonstram que houve o suposto crime. Um casal de empresários, que conheceu Olarte na igreja Assembleia de Deus Nova Aliança do Brasil, caiu no golpe de que comprariam um prédio na Avenida Gunter Hans, no Jardim Tijuca.
“A prova produzida, in status assertionis, demonstram: que o acusado Gilmar Antunes Olarte realizou tratativas de celebração de contrato de compra e venda, com D. e M. cujo objeto era o imóvel localizado (…) nesta capital, de propriedade de terceira pessoa”, pontuou Wust.
Conforme o magistrado, o ex-prefeito atestou ao casal que Diego Aparecido Francisco “era especialista em transações imobiliárias”. O técnico em pavimentação, que também se apresenta como empresário, também se apresentou como “advogado especializado em transações imobiliárias” e intermediou as negociações com o Banco Safra, por meio da gerente Alessandra Carilho de Araújo para abertura de conta e celebrações dos contratos de empréstimo.
O juiz ainda descreve de que há provas do repasse de R$ 50 mil para Diego, como sinal, e do empréstimo de R$ 350 mil. “Todos os atos foram praticados no escritório do acusado Diego Aparecido Francisco”, relatou.