A obra de revitalização da Avenida Filinto Muller, no Lago do Amor, cedeu um mês após ser concluída e entregue pela Prefeitura Municipal de Campo Grande. Devido ao risco de acidente, a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) sinalizou para interditar o trecho e evitar acidentes.
A obra custou R$ 3,8 milhões aos cofres municipais. A CCO Infraestrutura Ltda foi contratada sem licitação e em regime de urgência após as chuvas de janeiro causarem o desmoronamento da calçada e da margem do lago.
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Em nota ao Correio do Estado, o município informou que está investigando a causa do problema. “A Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) informa que durante os testes que estavam sendo realizados na última sexta-feira no vertedouro construído no Lago do Amor, houve um desnivelamento na calçada próxima a comporta. O local foi interditado e sinalizado. Nesta segunda-feira (30) equipe da Sisep irá verificar o que provocou o problema e definir o que precisará ser feito”, destacou.
“O vertedouro foi construído para que nos períodos de chuva forte possa ser feito o controle da vazão da água no Lago do Amor e, assim, evitar transbordamento, como ocorreu em janeiro deste ano e provocou o desmoronamento do muro de contenção da Avenida Filinto Muller em frente ao Lago. A operação do vertedouro é feita manualmente”, informou.
O problema é que as chuvas de verão ainda virão na Capital. A obra cedeu durante os chuviscos dos últimos dias.
A empresa contratada para realizar a obra está em nome de Maycon Matias dos Santos, conforme matéria do jornal Campo Grande News. Ele comprou a Conseng Consultoria, Engenharia e Incorporações em 2022.
Além de mudar de nome, ele elevou o capital social da empresa de R$ 1,5 milhão para R$ 2,5 milhões. O detalhe é que Maycon era operador de máquinas em 2020 e trabalhava na Sanesul. Na ocasião, ele foi acusado de furtar cano de PVC e chegou ser preso e virou réu pelo furto na Justiça.