A Câmara dos Deputados pode convocar a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, para explicar o empréstimo de US$ 1 bilhão pelo CAF (Comunidade Andina de Fomento) à Argentina. O financiamento vem causando polêmica porque foi interpretado como interferência de Lula (PT) na eleição presidencial do país vizinho, que acontecerá no dia 22 deste mês.
O empréstimo virou polêmica após matéria do jornal O Estado de S. Paulo apontar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria interferido para liberar o empréstimo, com intuito de ajudar Sergio Massa, candidato peronista à Presidência da Argentina. A medida tem o objetivo de evitar a vitória do candidato bolsonarista, Javier Milei, que promete fechar o Banco Central e privatizar tudo.
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A matéria do jornal foi desmentida pela ministra sul-mato-grossense. Simone afirmou que é a governadora do Brasil no banco de fomento e não consultou o presidente da República sobre a decisão de autorizar o empréstimo ao governo argentino. Ela justificou que 20 dos 21 países foram a favor do financiamento.
“Não é que eu não fui consultada. Eu que não consultei o presidente Lula. O presidente Lula não me ligou, não entrou em contato comigo”, disse Tebet.
Contudo, a matéria do jornal paulista, classificada como fake news pelo Palácio do Planalto e pela ministra, não convenceu a oposição. A deputada federal Bia Kicis (PL), do Distrito Federal, apresentou requerimento para convocar a ministra a se explicar na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados.
De acordo com o Estadão, a ajuda de US$ 1 bilhão foi ilegal, porque a Argentina já tinha estourado o limite de crédito. Graças ao socorro, o presidente Alberto Fernandez conseguiu o socorro de US$ 7 bilhões do FMI e conseguiu implementar medidas para impulsionar a candidatura de seu candidato, Sérgio Massa.