Levantamento realizado pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) mostra que a JBS e as cadeias produtivas ligadas à empresa movimentaram 3,79% do PIB (Produto Interno Bruto) de Mato Grosso do Sul em 2020. O grupo foi responsável pela geração de 107 mil empregos diretos, indiretos e induzidos, 7,5% do total do Estado em 2021.
Realizada por meio do Núcleo de Economia Regional e Urbana da Universidade de São Paulo, a pesquisa mostra o impacto do grupo, líder mundial no processamento de proteínas. Aliás, essa grandiosidade foi responsável pela Assembleia Legislativa ter recuado do bloqueio das contas da JBS quando explodiu o escândalo envolvendo o pagamento de propina para o então governador Reinaldo Azambuja (PSDB).
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Na ocasião, a JBS ameaçou fechar as unidades em MS e demitir todos os trabalhadores. Centenas de funcionários lotaram o plenário do Palácio Guaicurus para pressionar os deputados. A CPI da JBS acabou não punindo ninguém pelo esquema de pagamento de propina em troca de incentivos fiscais.
De acordo com o levantamento, a JBS movimentou R$ 4,6 bilhões no Estado em 2020. A empresa conta com plantas em sete municípios: Anastácio, Caarapó, Campo Grande, Dourados, Naviraí, Nova Andradina e Sidrolândia.
A JBS conta com 145 mil colaboradores em suas unidades, centros de distribuição e escritórios. Porém, o número de vagas ligadas às cadeias de produção ligadas à Companhia vai muito além: somou 2,9 milhões de pessoas, segundo a pesquisa da Fipe.
No patamar nacional, em 2020, os pesquisadores chegaram a uma participação de 1,79% da JBS no PIB e a uma contribuição de 2,48% para a geração de postos de trabalho. Esses números foram ainda maiores em 2021: 2,10% no PIB e 2,73% na criação de vagas. “O desempenho em Mato Grosso do Sul, acima da média nacional, se explica pela importância da produção de proteína na economia do estado”, explicou Fernando Meller, diretor de Gente e Gestão da JBS Brasil.
A JBS conta com unidades de produção em mais de 130 municípios.
“Para nós, que como empresa completamos 70 anos agora em 2023, esse estudo é de extrema importância, pela evidência que ele apresenta de como a indústria de alimentos é positiva para o país. Gera muitos empregos diretos e indiretos, além de ter uma cadeia longa de fornecedores e clientes, estimulando uma grande porção da economia”, afirmou Gilberto Tomazoni, CEO Global da JBS.