Sob a sombra da prefeita Adriane Lopes (PP), que pode ter o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a sua reeleição, a direita planeja testar o nome mais viável para disputar a prefeitura da Capital em 2024. Grupo mais forte, o bolsonarismo conta com os deputados estaduais João Henrique Catan (PL) e Rafael Tavares (PRTB), o ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB) e o deputado federal Marcos Pollon (PL).
Na semana passada, o ex-candidato a vice-presidente, general Walter Braga Netto, participou de reuniões e discussões na Capital. No entanto, os encontros não sacramentaram a pré-candidatura de Pollon, como era defendida por alguns bolsonaristas.
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Campeão de votos nas eleições do ano passado, o advogado permanece ganhando destaque nacional como presidente do movimento Pro-armas. Ele chegou a se encontrar com Bolsonaro para discutir as eleições no Estado, mas não obteve o aval para disputar a Prefeitura de Campo Grande.
Na rara manifestação pública, em entrevista ao jornal O Estado de Mato Grosso do Sul, Bolsonaro admitiu que poderá apoiar a reeleição de Adriane, a candidata da senadora Tereza Cristina (PP). A ex-ministra da Agricultura segue fiel ao ex-presidente e tem sido combativa como integrante da oposição ao presidente Lula (PT).
De acordo com o Capitão Contar, que chega a disputar a liderança nas pesquisas com André Puccinelli (MDB) e disputou o segundo turno contra o governador Eduardo Riedel (PSDB), o nome só será definido no próximo ano. Ele defende a realização de pesquisa para definir um candidato único da direita na Capital.
“Acredito que todos da direita que tenham pretensões devem lançar suas pré-candidaturas e ao final unificarmos em torno do nome mais viável. Que deverá ser definido internamente de acordo com avaliações do partido”, defende João Henrique. Ele disputou a eleição municipal em 2020 e ficou em 8º lugar, com apenas 2,44% dos votos.
“Não acredito que seja o momento para o partido lançar pré-candidaturas, isso é coisa que a máquina do governo faz utilizando indevidamente sua estrutura para inflar candidaturas que não empolgam”, criticou o deputado, que tem se destacado como oposição ao Governo na Assembleia Legislativa.
“O que devemos fazer é reconhecer que a direita tem excelentes nomes à disposição e devem ser considerados no momento adequado. Quanto mais tarde, melhor”, propõe.
O 4º nome é do deputado estadual Rafael Tavares, que teve o mandato cassado. Ele pode deixar o legislativo quando o recurso for julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Enquanto a direita segue sem candidato, Adriane Lopes está aproveitando o aniversário da cidade para ganhar popularidade e chegar forte como candidata à reeleição. O PSDB tem apostado na candidatura de Beto Pereira e o PDT, do deputado estadual Lucas de Lima.
O PT está dividido entre quatro mulheres: Camila Jara, Giselle Marques, Bartolina Ramalho e Eugênia Portela.
Pollon foi procurado, mas não respondeu.