A Justiça retomou o primeiro julgamento dos advogados acusados de ter ligação com o PCC (Primeiro Comando da Capital) após o afastamento do juiz Márcio Alexandre Wust, da 6ª Vara Criminal de Campo Grande. O juiz Robson Celeste Candeloro, da 7ª Vara Criminal, deverá assumir a conduções das três ações penais decorrentes da Operação Courrier, que desarticulou a sintonia das gravatas.
Em despacho publicado nesta terça-feira (16) no Diário Oficial da Justiça, três testemunhas de acusação com foro especial – os juízes Luiz Felipe Medeiros Vieira, da Vara de Execuções do Interior, e Caio Márcio de Brito, da 1ª Vara do Juizado Especial Cível e Criminal, e a promotora de Justiça, Paula da Silva Volpte – deverão marcar o dia e o horário do depoimento.
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A audiência de instrução e julgamento será retomada no dia 16 de junho deste ano, a partir das 13h30, para a oitiva das testemunhas de acusação. Os julgamentos foram suspensos após o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) pedir a suspeição de Márcio Alexandre Wust.
Os promotores flagraram conversa do magistrado com um dos advogados réus na ação, na qual ele criticava o Gaeco e o Tribunal de Justiça. Conforme a denúncia, Wust dizia que deixava brecha para os advogados obterem habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça. Ele criticava a prisão do advogado Bruno Ghizzi.
O Jacaré apurou o juiz Robson Celeste Candeloro assumiu as ações. O objetivo é dar celeridade no julgamento das ações envolvendo os integrantes da facção criminosa surgida nos presídios paulistas.
“Intime-se as testemunhas com prerrogativa – Luiz Felipe Medeiros Vieira, Paula da Silva Volpe e Caio Márcio de Brito – para informarem datas para oitiva, devendo ser às sextas-feiras, porquanto, este Juízo encontra-se com a pauta de audiências totalmente preenchida de segunda a quinta feira até o mês de abril de 2024”, pontuou o magistrado.