O deputado estadual Lucas de Lima (PDT), a prefeita Adriane Lopes (Patri) e os deputados federais Beto Pereira (PSDB) e Marcos Pollon (PL) podem ser as grandes novidades das eleições municipais de Campo Grande em 2024. Esta é a conclusão do cientista político e diretor do Instituto Ranking Brasil, Tony Ueno.
Pesquisa realizada pelo órgão entre os dias 10 e 15 deste mês com 1,2 mil eleitores da Capital aponta que os quatro pontuam e possuem baixa taxa de rejeição. O ex-governador André Puccinelli (MDB) lidera a corrida com 9,5%, mas tem rejeição de 25,5%.
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Para Ueno, Adriane tem chances de ser uma candidata forte ao disputar a reeleição. Ela está em 5º lugar com 5%. Apesar de ter sido a vice de Marquinhos Trad (PSD) e dos problemas enfrentados pelo município, ela tem rejeição de apenas 2%, um índice considerado insignificante.
“A prefeita ainda tem a máquina”, lembra o diretor do instituto. Ueno lembrou que Alcides Bernal (PP) tinha rejeição de 30% em 2016 e por muito pouco não foi ao segundo turno contra Marquinhos.
Outro ponto é que 56% dos eleitores são mulheres e 35% são evangélicos em Campo Grande. Aliás, a extrema direita e a centro direita tem uma parcela expressiva do eleitorado. Adriane é bem vista por parte expressiva do eleitorado, conforme Ueno.
Ele também aposta no potencial de Beto Pereira, que deixou a prefeitura de Terenos após dois mandatos com boa avaliação. O tucano ainda vai contar com o apoio do governador Eduardo Riedel (PSDB), que era técnico e acabou eleito governador começando a campanha com 3%. Na sua avaliação, ele ainda tem uma boa avaliação como deputado estadual e deputado federal.
A grande surpresa é Lucas de Lima, que tem uma carreira sólida como radialista e despontou em 3º lugar na pesquisa, atrás apenas de políticos com bom recall, como André e Rose Modesto (União Brasil). Na sua avaliação, o pedetista tem potencial para surpreender nas urnas.
O problema de Rose, na sua avaliação, mesmo sendo mulher e evangélica, é a divisão do União Brasil. A ex-deputada está em uma briga com a senadora Soraya Thronicke pelo comando do partido no Estado.
Para Tony Ueno, o advogado Marcos Pollon, eleito na onda bolsonarista, pode surpreender ao ganhar força no decorrer da campanha, porque tem baixa rejeição, apesar da polarização política. O representante da bancada da bala ainda tem a seu favor a tendência da Capital escolher candidatos de direita.