O juiz Marcio Alexandre Wust, da 6ª Vara Criminal, condenou cinco integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) a penas que variam de três a sete anos de prisão em regime fechado e que somadas chegam a 28 anos.
Entre os condenados está Altagner Vasques, que exerce a função de comando denominada ‘Geral da Sintonia de Goiás’, cujo objetivo é coordenar as atividades da organização no estado de Goiás, e Anderson de Moura Belarmino, ‘Jet do Pavilhão 2A’, que lidera os membros da facção no pavilhão.
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Além deles, Edigleice da Silva Haddad, Jéssica Pontes Milan, e Renato Corrêa da Silva foram sentenciados por fazerem parte da organização criminosa e atuarem na prática de crimes de homicídio, roubo e tráfico.
Os cinco foram condenados com a ajuda de intercepções telefônicas e telemáticas que confirmaram a participação dos acusados em ações da facção. No entanto, todos negaram fazer parte do grupo ou praticar atividades criminosas, mas não conseguiram rebater as provas apresentadas pelo Ministério Público Estadual.
Altagner Vasques e Anderson Belarmino exercem função de comando; Renato Silva recebia dinheiro da organização, participava de roubos com uso de arma de fogo, e assassinatos de rivais; Jéssica Milan vendia drogas; e Edigleice Haddad deve ao grupo valores de celulares apreendidos com ele.
Os membros da organização criminosa realizam conversas telefônicas, única e tão-somente, com telefones registrados em nome de outras pessoas; alguns têm tatuagem com senha de celular e números que são símbolos do PCC.
“Deste modo, analisando as provas documentais produzidas evidencia-se que a autoria e a materialidade delitiva restaram sobejamente demonstradas, assim como a natureza dos fatos causados pelo autor”, fundamentou Marcio Alexandre Wust.
Altagner foi condenado a seis anos, quatro meses e 29 dias de prisão; Anderson a sete anos, um mês e 21 dias; Edigleice a seis anos, quatro meses e 29 dias; Jéssica a três anos e seis meses; e Renato a quatro anos, onze meses e 14 dias de reclusão; todos em regime inicial fechado.