As internações diárias por complicações agravadas no intestino somam 265 pessoas, apenas no SUS (Sistema Único de Saúde). Os dados estão em levantamento realizado pelas SBEG (Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva), SBCP (Sociedade Brasileira de Coloproctologia) e FBG (Federação Brasileira de Gastroenterologia, que atuam até o fim do mês na campanha Março Azul, para a conscientização e prevenção do câncer de intestino.
De acordo com o levantamento das entidades, foram registradas 768.663 hospitalizações só no SUS para o tratamento da doença no período de 2013 e 2022. Em 2021, somente, foram registrados 19.924 óbitos por câncer do cólon, da junção retossigmóide e do reto. De acordo com os médicos, os casos aumentam, em média, cerca de 5% a cada ano, tendo sido observado um crescimento de 40% em relação aos casos registrados em 2012 (14.270).
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A detecção precoce é fundamental para o sucesso no tratamento, como enfatiza o presidente da SBCP, Antônio Lacerda Filho, por meio de assessoria de imprensa. O médico enfatiza que, a partir dos 45 anos, é importante procurar um médico para avaliar a saúde do intestino. “Cerca de 90% dos casos de câncer de intestino têm origem a partir de um pólipo, tipo de lesão na mucosa do intestino que pode se transformar em câncer. Em uma colonoscopia esses pólipos podem ser retirados prevenindo, assim, a doença”.
Casos na família acendem o alerta para o reforço na prevenção. “Se você tem pai, mãe ou irmãos que tiveram a doença, é importante a avaliação antes mesmo dos 45 anos”, pontua. Já o presidente da FGB, Sérgio Pessoa, destaca que “pessoas com doenças inflamatórias intestinais, como retocolite ulcerativa e doença de Crohn, têm o risco aumentado para o câncer de intestino.Uma parcela dos pacientes pode não apresentar qualquer tipo de sintomatologia nas fases iniciais da doença, por isso a importância dos exames diagnósticos”.
O Inca (Instituto Nacional do Câncer) projeta em 45.630 a quantidade de novos casos de câncer de intestino no Brasil para o triênio de 2023 a 2025. Caso as projeções sejam confirmadas, a doença alcançará um contingente superior a 136 mil pessoas.
Fatores de risco para o câncer de intestino
Fumar, consumir alimentos ricos em gorduras saturadas, ter uma vida sedentária, consumir bebidas alcoólicas, idade superior a 45 anos, história familiar de câncer colorretal, história pessoal da doença (já ter tido câncer de ovário, útero ou mama), baixo consumo de cálcio, obesidade são fatores de risco para esta doença.
Confira os sintomas do câncer de intestino
Se você está perdendo peso sem ter feito nenhuma mudança na sua dieta, se você passou a ter diarreia e/ou prisão de ventre, percebeu sangue nas fezes, está sentindo gases ou cólicas , vomitando ou tendo náuseas , dores na região anal ou sensação de intestino cheio mesmo após evacuação, você deve procurar avaliação médica com brevidade!
Veja como é feito o diagnóstico do câncer de intestino
Há dois exames capazes de detectar precocemente os tumores de intestino: o Teste FIT – que aponta sangue nas fezes (mesmo oculto a olho nu) e a Colonoscopia (exame de imagem que vê o funcionamento do intestino por dentro). O diagnóstico precoce oferece até 90% de chance de cura do câncer de intestino!
Existe cura para o câncer de intestino
O câncer de intestino tem cura. Quanto mais cedo iniciar o tratamento, maiores as possibilidades de cura. E mesmo após a cura, é feito um rigoroso acompanhamento com consultas e exames para evitar ou detectar um possível retorno do câncer. Fazer tal monitoramento é imprescindível para identificar recidivas precocemente.
*As informações são da assessoria de imprensa da campanha Março Azul.