O julgamento do deputado estadual Jamilson Lopes Name (PSDB) vai ocorrer de maio até 31 de agosto deste ano, conforme despacho do juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, publicado nesta quarta-feira (22). O parlamentar e o irmão, Jamil Name Filho, são réus na Operação Omertà pelo crime de organização criminosa.
A audiência de instrução e julgamento começa às 8h30 do dia 25 de maio deste ano com o depoimento de 13 testemunhas de acusação arroladas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). Os delegados Tiago Macedo dos Santos e Daniella Kades de Oliveira, integrantes da força-tarefa, também irão depor.
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As cinco testemunhas de defesa de Jamilzinho serão ouvidas no dia 20 de julho. O empresário arrolou o traficante Kauê Vitor Santos da Silva, que estava preso no Presídio Federal de Mossoró e teria feito o suposto bilhete no qual relatava o plano da suposta milícia para matar autoridades, como o promotor do Gaeco, Tiago Di Giulio Franco, e o delegado titular do Garras, Fábio Peró.
O defensor público Rodrigo Antônio Stochiero, que seria uma das autoridades na lista de ser vítima do atentado, também foi intimado para prestar depoimento como testemunha de defesa de Jamil Name Filho.
As oito testemunhas de Jamilson serão ouvidas no dia 17 de agosto. O deputado pediu o depoimento do advogado Renê Siufi, um dos mais conceituados criminalistas de Mato Grosso do Sul, e o soldado da Polícia Militar, Rogério Luís Philippe, que trabalhou como seu motorista e foi condenado na Operação Omertà.
No mesmo dia serão ouvidas duas testemunhas de Anderson Buzo e outras duas de Cinthya Name Bell. O interrogatório dos réus vai encerrar fase de instrução do julgamento no dia 31 de agosto deste ano.
Jamilson foi alvo da Operação Arca de Noé, denominação da 6ª fase da Omertà. Na ocasião, o Gaeco conseguiu bloquear R$ 18 milhões e suspender as atividades da Pantanal Cap, que supostamente estaria sendo usada para lavagem de dinheiro do jogo do bicho.
O deputado chegou a colocar tornozeleira, mas os deputados estaduais suspenderam o monitoramento eletrônico. O bloqueio e a suspensão do título de capitalização foram mantidos até pelo Superior Tribunal de Justiça, que ainda analisa recursos para suspender o sequestro.