Reeleito para um segundo mandato na Câmara dos Deputados, Beto Pereira (PSDB) passou a se apresentar como pré-candidato a prefeito de Campo Grande nas eleições de 2024. Ao colocar um nome no páreo, os tucanos entram no jogo e podem complicar ainda mais a situação da prefeita da Capital, Adriane Lopes (Patri).
Prefeito de Terenos por dois mandatos, deputado estadual e filho do ex-senador Valter Pereira, que construiu uma carreira no MDB, Beto começa a construir a candidatura na Capital. O primeiro passo para se colocar no jogo foi deixar claro que é pré-candidato. Ele passa a ter o nome escrutinado pela população a partir de agora.
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Com a saída de Rose Modesto (União Brasil) do ninho tucano, o PSDB só tem outro nome competitivo para ameaçar as pretensões de Pereira: o ex-governador Reinaldo Azambuja. No entanto, ele tem deixado claro que não pretende disputar a prefeitura e planeja ser candidato a senador nas eleições de 2026, quando serão duas vagas, de Soraya Thronicke (União Brasil) e Nelsinho Trad (PSD).
O governador Eduardo Riedel (PSDB) pode jogar ainda mais pressão sobre a prefeita da Capital caso cumpra uma das promessas de campanha, equiparar os salários dos professores sem concurso com os dos efetivos. Essa medida poderá colocar o magistério sul-mato-grossense como o detentor de um dos maiores salários do País.
Adriane sinalizou que não vai cumprir a Lei do Piso, que previa reajuste de 10,39% em novembro do ano passado. A prefeita inclusive deixou claro que considera a legislação inconstitucional e pode derrubá-la na Justiça.
A esposa do deputado Lídio Lopes (Patri) pode iniciar o ano letivo com uma greve na educação, repetindo a desastrosa gestão de Gilmar Olarte (sem partido), que enfrentou três meses sem aulas nas escolas municipais. Desde 2012, os professores conseguem colocar na lei a proposta de pagar 100% do piso nacional para jornada de 20 horas, mas não conseguem tirá-la do papel.
A greve na educação pode se estender a outras categorias do funcionalismo, que esperam ter reajuste em maio deste ano. Outro problema da prefeita é retomar as obras paradas em várias regiões da Capital, como os corredores do transporte coletivo, o Reviva Centro, o Centro Belas Artes, pavimentação nos bairros, escolas municipais de educação infantil, entre outros.
Beto Pereira não é o único nome a sonhar com o Paço Municipal. Rose pode contar com o apoio do MDB para disputar a prefeitura pela segunda vez. André Puccinelli também pode voltar a disputar, mas só vai entrar se avaliar que tem chances de vitória. O PT tem como opções Giselle Marques e Camila Jara.
A direta também deverá lançar nomes, como os deputados estaduais Capitão Contar (PRTB) e João Henrique Catan (PL). Marquinhos Trad (PSD) garante que apoiará a reeleição de Adriane, mas se a prefeita for mal nas pesquisas, o partido poderá optar por candidatura própria.