Ré pelos crimes de corrupção, peculato e improbidade administrativa, a Health Brasil Inteligência em Saúde ganhou novo contrato milionário da gestão de Reinaldo Azambuja (PSDB). Alvo da Operação Redime, a empresa ganhou o contrato para ganhar R$ 36,990 milhões por ano para fornecer equipamentos e software para a implantação do RUE (Rede de Urgência e Emergência) da Secretaria Estadual de Saúde.
O extrato do contrato assinado pelo secretário estadual de Saúde, Flávio Britto, e o representante do grupo, Wagner Sávio Severino dos Santos, foi publicado no Diário Oficial do dia 29 de novembro deste ano. A previsão é de repasse mensal de R$ 3,082 milhões.
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Conforme o contrato, a empresa poderá locar os equipamentos por cinco anos e garantir um faturamento de R$ 184,9 milhões. A expectativa é de que a companhia do Grupo Holsback, que foi já alvo da Operação Lama Asfáltica, deflagrada pela Polícia Federal para apurar desvios na gestão de André Puccinelli (MDB), dobre o faturamento nos contratos apenas na gestão do PSDB.
A Health Brasil Inteligência e o sócio, Rodolfo Pinheiro Holsback foram alvos da Operação Redime e denunciados pelos crimes de corrupção e desvio de R$ 46 milhões da saúde. A Justiça chegou a bloquear recursos de ambos na área cível e criminal. O Tribunal de Justiça suspendeu o bloqueio na área cível.
O juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, aceitou a denúncia contra a empresa e os sócios por corrupção passiva e peculato. Na ação por improbidade administrativa, o bloqueio foi determinado pelo juiz David de Oliveira Gomes Filho, da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos. No entanto, desembargador Geraldo de Almeida Santiago, suspendeu o bloqueio por improbidade.
A Health Brasil também foi denunciada pelo superfaturamento de R$ 2,028 milhões no fornecimento de equipamentos para o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) de Campo Grande. O bloqueio e a denúncia também atingiu o ex-vereador Eduardo Cury, o Dr. Cury (DEM), e o ex-secretário municipal de Saúde, Jamal Mohamed Salem, o Dr. Jamal (MDB). O desvio ocorreu entre 2014 e 2015.