Durante a Operação Mensalinho, denominação da 3ª fase da Dark Money, o DRACCO (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) prendeu dois vereadores por porte ilegal de arma de fogo. Os policiais encontraram cerca de R$ 1 milhão em cheques e R$ 100 mil em dinheiro na casa de um dos oito vereadores afastados pela Justiça por suspeita de receber R$ 1,374 milhão em propinas.
Durante o cumprimento dos 22 mandados de busca e apreensão em Maracaju e Rio Brilhante, a Polícia Civil apreendeu 13 veículos e oito armas de fogo – quatro revólveres, duas espingardas e duas pistolas. O ex-presidente da Câmara Municipal, Hélio Albarello (MDB), e o filho de 42 anos foram presos em flagrante pelo posse das armas de fogo.
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O outro parlamentar detido, conforme o Midiamax, foi Laudo Sorrilha (PSDB), que foi primeiro secretário na gestão anterior. A 4ª presa seria uma mulher, também na posse de armas de fogo.
Um dos envolvidos no esquema de corrupção teve apreendido R$ 1 milhão em cheques de vários valores, que variavam de R$ 4,5 mil a R$ 163 mil. Também foi apreendido R$ 100 mil apenas na casa de um vereador.
Conforme a investigação, um dos acusados de receber o mensalinho do ex-prefeito Maurílio Ferreira Azambuja (MDB) teria uma vida de ostentação. O parlamentar teria feito viagem para a Ilhas Maldivas, um paraíso ecológico, e Dubai. A polícia estima que a viagem não teria custado menos de R$ 100 mil.
A Operação Mensalinho o presidente da Câmara Municipal, Robert Ziemann (PSDB), Albarello, o primeiro secretário do legislativo, Antônio João Marçal de Souza, o Nenè da Vista Alegre (MDB), e os vereadores Ludimar Portela, o Nego do Povo, e Joãozinho Rocha, do MDB; Jeferson Lopes (Patriota), Ilson Portela, o Catito (União Brasil) e Laudo Soririlha (PSDB). Também são alvo da investigação os ex-vereadores Vergílio da Banca (MDB), Tonton Pradence (União Brasil) e Adriano Silva Rodrigues, o Professor Dadá (Patriota).
O DRACCO pediu a prisão preventiva dos 11 acusados, mas o pedido foi negado pelo juiz Raul Ignatius Nogueira, da 2ª Vara Criminal de Maracaju. Dos 13 vereadores da cidade na gestão passada, 11 teriam recebido propina e oito foram reeleitos.