Os professores farão a 2ª paralisação na próxima terça-feira (29) para manter a pressão sobre a prefeita Adriane Lopes (Patri), que ficou de apresentar um cronograma para cumprir o reajuste de 10,39% previsto em lei. E para cobrar o cumprimento da Lei Municipal 6.796/2022, eles aprovaram indicativo de greve a partir de quinta-feira (1º).
Nesta sexta-feira (25), os docentes cruzaram os braços e deixaram cerca de 106 mil estudantes das escolas públicas municipais sem aulas. De manhã, eles realizaram manifestação em frente ao Paço Municipal.
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À tarde, em nova assembleia, a categoria aprovou nova paralisação. De acordo com o presidente da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), Lucílio Nobre, haverá uma assembleia permanente a partir do dia 29 até uma solução para o impasse.
Os professores decidiram bater o pé porque nenhum prefeito, desde Gilmar Olarte, passando por Alcides Bernal, Marquinhos Trad e Adriane Lopes, cumpriu a lei municipal para pagar o piso nacional para a jornada de 20 horas. O mais grave é que o cronograma de reajuste está previsto em lei, mas acaba sendo ignorado sob a alegação de que o aumento eleva o gasto com pessoal para além dos limites previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal.
A prefeita tem insistido que vai manter o diálogo com os professores.
A greve pode ser a terceira em sete anos. No final de 2015, os professores cruzaram os braços por três meses e o caso foi parar na Justiça. Na gestão Bernal, no início de 2016, houve paralisação por uma semana.