O prefeito Marquinhos Trad (PSD) propôs reajuste salarial de 67,13% sem seis parcelas até outubro de 2024 aos cerca de 8 mil professores da Rede Municipal de Ensino de Campo Grande. Ele corre contra o tempo para fechar um acordo antes de renunciar ao cargo, no próximo dia 2, para disputar o Governo nas eleições deste ano.
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A ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública) classificou a proposta como “importante”, mas destacou que a decisão será da assembleia geral da categoria, prevista para as 17h desta sexta-feira (4).
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Na 4ª rodada de negociações, o prefeito descartou a proposta do sindicato, que previa o reajuste de 33,24% no piso nacional em três parcelas neste ano. Em assembleia, os professores haviam proposto 5% em março, 20,78% em maio e 5,06% em outubro deste ano. Os 36,29% restantes seriam concedidos por meio de cronograma a ser definido até 2024, quando termina o atual mandato.
Pela contraproposta do município, os professores terão reajuste de 10,06% retroativo ao mês de fevereiro e 10,39% em novembro deste ano. Marquinhos propôs mais quatro reajustes de 11,67% a serem concedidos em maio e outubro de 2023 e nos mesmos meses de 2024. Com as correções, ao longo de três anos, os professores terão acumulado aumento de 89,85% nos salários.
“Observa-se que a proposta do Executivo Municipal supera o solicitado pela ACP, quando em assembleia solicita a reposição dos anos de 2020 e 2021 que perfaz 14,58% (4,52% e 10,06%) enquanto que somente nesse ano o Executivo propõe 20,45%”, destacou Marquinhos na mensagem encaminhada aos professores.
Com os dois reajustes previstos para este ano, de 10,06% em fevereiro e de 10,39% em novembro, o magistério vai ter reajuste de 21,49%. Não vai repor o aumento do piso, mas será muito superior a inflação acumulada nos últimos dois anos, de 4,52% em 2020 e de 10,06% em 2021.
Em vídeo gravado, o presidente da ACP, Lucílio Nobre, considerou importante a nova proposta feita pelo município. No entanto, ele destacou que a prioridade é o cumprimento da Lei 5.411, de 2014, que prevê o pagamento do piso nacional para jornada de 20 horas no município.
No entanto, o prefeito frisou que a nova proposta está de acordo com os limites previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal.
O sindicalista deixou claro que a assembleia geral terá a palavra final se aceita a proposta de Marquinhos.