Os dois advogados de Mato Grosso do Sul, Luiz Paulo Volpe Camargo e Sandro Pissini Espíndola, ficaram de fora da lista tríplice da vaga de desembargador do Tribunal Regional Federal da 3ª Região. Fernando Olavo Saddi Castro, amigo do ex-presidente da OAB/MS, Mansour Elias Karmouche, acabou com o papel de livrar o Estado do vexame, apesar de atuar em São Paulo, ele nasceu em Campo Grande.
A maior derrota foi a exclusão de Volpe, que tinha o apoio do ex-chefe, o presidente da Assembleia Legislativa, Paulo Corrêa (PSDB), e da ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina (PP), do Centrão.
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Como foi excluído da lista, definida em votação realizada nesta quinta-feira (22), o advogado não vai ter o nome enviado para ser analisado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Os nomes para concorrer a sucessão da desembargadora Cecília Marcondes, serão: Ricar Maria Costa Dias Nolasco (35 votos), Fernando Olavo (29) e Marcelo Vieira Campos (28).
Luiz Paulo Camargo Volpe, a grande aposta do atual presidente da OAB/MS, Bitto Pereira, teve apenas 15 votos, enquanto o outro sul-mato-grossense, Sandro Pissini Espíndola, 8.
“É a demonstração do gigante equívoco da ‘nossa’ OAB/MS que resolveu apostar só nele!”, lamentou o advogado Newlley Amarilla, um dos mais conceituados de MS. “Tivesse ela fincado pé em mais um nome, quem sabe teríamos representante na tríplice!”, afirmou, por não considerar Fernando Olavo sul-mato-grossense por ter uma atuação mais presente em São Paulo.
A favorita a ser indicada por Bolsonaro para a vaga de desembargadora do TRF3 é Rita Maria Nolasco. Ela conta com o apoio do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal, o terrivelmente evangélico indicado pelo presidente para a suprema corte.