O empresário Celso Eder Gonzaga de Araújo vai iniciar o cumprimento da pena de prestação de serviços à comunidade e pagar dois cinco salários mínimos por usar certificado falso de conclusão de curso universitário. A sentença transitou em julgado. O cumprimento da pena foi determinado pelo juiz Bruno Cezar da Cunha Teixeira, da 3ª Vara Federal de Campo Grande.
Celso Eder foi alvo da Operação Ouro de Ofir, da Polícia Federal, e acusado de dar o golpe em aproximadamente 60 mil pessoas em todo o País. Ele prometia rentabilidade de 1.000% e até usou uma mina de ouro inexistente. Uma das supostas vítimas foi o ex-deputado estadual Maurício Picarelli (PSDB).
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Araújo foi condenado por usar certificado falso de conclusão do curso universitário para obter o registro no CRA/MS (Conselho Regional de Administração de Mato Grosso do Sul). Ele alegou que foi “vítima de um golpe”, já que obteve o diploma após pagar R$ 30 mil para um desconhecido e realizar duas provas em Brasília (DF).
O juiz Bruno Cezar o condenou a três anos de seis meses de reclusão no semiaberto. Ele recorreu e conseguiu reduzir a pena. O Tribunal Regional Federal da 3ª Região fixou a pena em dois anos e seis meses no aberto, que foi substituída por prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período e ao pagamento de cinco salários mínimos.
Como a sentença transitou em julgado, em despacho publicado nesta terça-feira (20), o magistrado determinou a execução da sentença. Além de iniciar a prestação de serviço, o empresário deverá pagar a multa e as custas processuais.
Celso Eder ainda responde pelo suposto golpe na 4ª Vara Criminal de Campo Grande. Neste mês, ele obteve autorização para realizar tratamento médico em São Paulo.