Ex-ministros de Jair Bolsonaro (PL) e candidatos ao Senado por Mato Grosso do Sul, Luiz Henrique Mandetta (União Brasil) e Tereza Cristina (PP), do Centrão, vão travar também uma guerra na Justiça. O ex-ministro da Saúde pediu a cassação do registrado da ex-titular da Agricultura por abuso de poder político por não respeitar a lei eleitoral e participar de inauguração da BR-419, que é proibido para candidatos.
A ação de Mandetta foi protocolada na segunda-feira (5) e está conclusa para análise do vice-presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Julizar Barbosa Trindade. A abertura de investigação poderá levar à cassação do registro da candidata que lidera as pesquisas na disputa da única vaga no Senado.
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A certeza da impunidade é tanta que a ex-ministra divulgou a participação na inauguração nas redes sociais. O prefeito de Rio Negro, Buda do Lair (PSDB), também publicou fotos da solenidade, que teve a presença do ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, do senador Nelsinho Trad (PSD) e do secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck.
Para acompanhar o ministro, a deputada utilizou ainda aeronave da Força Aérea Brasileira, comprovada em imagem divulgada pela própria. O descumprimento da norma ficou evidenciado em todas as publicações, o que pode levar à cassação do registro ou do diploma, prevê Mandetta.
“O ato também caracteriza abuso de autoridade e do poder político, tendo em vista que Tereza Cristina é deputada federal e pode influenciar os eleitores. Em divulgação nas suas redes, ela atribuiu a obra ao Governo Federal com recursos da bancada federal”, informou a assessoria do ex-ministro.
A denúncia contra Tereza teve repercussão na impressa nacional na terça-feira (6), como O Globo e Metrópoles.
A ex-ministra da Agricultura não se manifestou. Até o momento, ela tem pontuado com 40% nas pesquisas, enquanto Mandetta tem obtido em torno de 13%.