O Brasil passou a colecionar frases polêmicas desde a posse do presidente Jair Bolsonaro (PSL). A última a aderir à onda foi a ministra Tereza Cristina, da Agricultura, Abastecimento e Pecuária. Em depoimento na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (9), a sul-mato-grossense afirmou que os brasileiros não passam fome porque temos mangas.
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A frase da ministra ganhou espaço na mídia nacional como mais uma das anedotas lançadas pelos integrantes do Governo federal. Ao falar para a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, a ministra buscou interpretação para minimizar a miséria nacional.
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“Não passamos muita fome porque temos mangas nas nossas cidades”, afirmou Tereza Cristina. Com certeza a democrata fez a declaração com base na realidade de Campo Grande, onde é comum mangueiras nos quintais, parques e vias públicas.
Uma assessora da ministra já tinha virado chacota nacional ao reinterpretar a história brasileira. De acordo com a secretária adjunta de Assuntos Fundiários do Ministério da Agricultura, Luana Ruiz Silva Figueiredo, os índios não foram os primeiros habitantes do Brasil.
Na versão incorporada pela advogada sul-mato-grossense, os indígenas expulsaram os primeiros habitantes e, por isso, mereciam ser expulsos pelos europeus.
Contra a demarcação de terras indígenas, porque atinge áreas da família, Luana ainda afirmou que os índios sul-mato-grossenses estão obesos, com pressão alta e diabetes.
Com a história da manga, Tereza Cristina entra para um seleto grupo de trapalhões. A ministra Damares Alves, da Mulher, Família e Direitos Humanos, causou polêmica ao defender que meninos vestem azul e meninas, rosa.
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, reinterpretou a história mundial ao anunciar que o nazismo alemão era de esquerda.
Na curta temporada como ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, foi o recordista. Ele enviou carta às escolas com o slogan da campanha de Bolsonaro e determinando que filmassem as crianças cantando o hino nacional.
Vélez acusou os brasileiros de serem canibais e roubarem tudo nas viagens, de objetos no hotel até o assento do avião. Ele ainda defendeu a mudança nos livros didáticos para apresentar o golpe militar de 1964 como revolução.
Agora é só aguardar o próximo besteirol.