Cinco anos após a deflagração da Operação Antivírus, que apontou desvio de R$ 7,4 milhões e corrupção no Departamento Estadual de Trânsito, a Justiça concluiu a audiência de instrução e julgamento dos réus, entre os quais o deputado estadual Gerson Claro (PP). Agora, a ação penal por corrupção, peculato e organização criminosa entra na reta final na 3ª Vara Criminal de Campo Grande.
Em despacho publicado nesta sexta-feira (19), a juíza Eucelia Moreira Cassal determinou que o Ministério Público Estadual e os réus apresentem, em 10 dias, eventuais pedidos de diligências complementares. Se não houve pedido, a magistrada poderá determinar o prazo para as alegações finais.
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Além de Gerson Claro, que vai tentar a reeleição nas eleições deste ano, são réus os ex-diretores do Detran, Celso Braz de Oliveira e Gerson Tomi, os sócios da Pirâmide Informática, José do Patrocínio Filho e Anderson da Silva Campos, o ex-assessor da Secretaria Estadual de Governo, Luiz Alberto Oliveira Azevedo, e Fernando Roger Daga, entre outros.
Conforme a denúncia do Gaeco, Gerson Claro, então diretor-presidente do Detran, rompeu o contrato com o Consórcio REG-DOC para contratar, em regime de urgência e sem licitação por R$ 7,4 milhões em 180 dias a Pirâmide Informática, de Patrocínio e Campos.
A empresa não tinha estrutura nem experiência para assumir o serviço, que poderia ser executado por funcionários do órgão estadual e custaria apenas R$ 100 mil. O gasto de R$ 7,4 milhões foi por apenas seis meses. Em seguida, a Pirâmide ganhou o contrato, também sem licitação, do Tribunal de Contas do Estado.
O MPE pede a condenação do grupo por corrupção passiva e ativa, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, dispensa de licitação, peculato e organização criminosa. A promotoria pede indenização de R$ 50 milhões.
A ação tramita na 3ª Vara Criminal há quase cinco anos. Em 2018, Gerson Claro se candidatou a uma vaga na Assembleia Legislativa e acabou sendo eleito.
Já a ação do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) por injúria e difamação contra o vereador Tiago Vargas (PSD) levou um ano e pouco mais de um mês para a publicação da sentença. A juíza Eucelia Moreira Cassal condenou o parlamentar a quatro meses por injúria, por ter chamado Reinaldo de corrupto e canalha.