Candidato a vice-governador na chapa liderada por Eduardo Riedel (PSDB), o deputado estadual José Carlos Barbosa, o Barbosinha (PP), viveu nas Eleições 2020 a experiência de ser o candidato do governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Mas acabou derrotado na disputa pela prefeitura de Dourados, apesar do esforço concentrado, incluindo o apoio de oito partidos.
Naquela eleição, excepcionalmente realizada em 15 de novembro devido à pandemia, Barbosinha recebeu 30,59% dos votos, enquanto Alan Guedes (PP) surpreendeu ao obter 33,09% e foi eleito prefeito de Dourados. Em 2020, Barbosinha era do DEM, agora está no Progressistas, mesmo partido de Guedes.
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Na manhã de sexta-feira, horas antes da convenção de Riedel, aposta de Reinaldo nas Eleições 2022, a lista de candidatos do PP a deputado estadual ainda incluía o nome de Barbosinha, apresentado no rol dos parlamentares que buscariam a reeleição para a Assembleia Legislativa.
No posto de vice, Barbosinha busca atrair votos em Dourados, segundo município mais populoso de Mato Grosso do Sul. Foi destacada sua trajetória. Vindo de família humilde, precisou trabalhar ainda criança. Uma historia de vida oposta a de Eduardo Corrêa Riedel, que nasceu em família tradicional de Mato Grosso do Sul.
Caçula de nove irmãos, Barbosinha chegou ao Estado na década de 1970, em Angélica, onde trabalhou ainda criança como sorveteiro, engraxate e vendedor de salgado. Aos 13 anos de idade, começou sua vida pública, sendo nomeado o primeiro funcionário contratado do recém-criado município. Ele cursou Direito em Dourados, onde também trabalhou como bancário, para ajudar a pagar os estudos.
Foi eleito prefeito de Angélica em 1989, aos 23 anos. Em 1993 se casou com a médica Maristela de Castro Menezes, com quem tem um filho. Em 2007, Barbosinha assumiu a Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul).
Em 2014, foi eleito deputado estadual na Assembleia Legislativa de MS. Já no ano de 2016, a convite do governador Reinaldo Azambuja, comandou a Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública), onde ficou por um ano e oito meses. Posteriormente, em 2018, foi eleito novamente e voltou à Assembleia Legislativa para um segundo mandato.
“Soldado não foge à luta. Estou animado e confiante. Atendo a região da grande Dourados, segundo maior colégio eleitoral do Estado”, disse Barbosinha.
Riedel destacou que o nome do vice atende a requisitos técnicos e de gestão. “Barbosinha cumpre todas as minhas expectativas para um companheiro de chapa. Estou muito confiante de que faremos um excelente trabalho no governo do Estado”, afirmou o candidato ao governo.
Barbosinha não foi o único a ter o apoio da máquina estadual e perder a disputa. Em 2012, Edson Giroto disputou a prefeitura de Campo Grande com o apoio de 17 partidos, do prefeito, então Nelsinho Trad, e do governador da ocasião, André Puccinelli, e não conseguiu vencer Alcides Bernal (PP), que foi a disputa sozinho e em chapa pura.