Um casal de petistas viralizou nas redes sociais e grupos de aplicativo ao derrubar uma placa contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder nas pesquisas para a sucessão presidencial nas eleições deste ano. Presidente do diretório municipal do PT, a professora Odete Araújo avisa que vai retirar todas as placas que considerar ofensivas ao candidato petista.
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Odete e Araújo arrancaram a placa na última quinta-feira (28). Para a dirigente da fronteira, a colocação da placa “Lula ladrão, seu lugar é na prisão” é difamatória e a surpreendeu. “Nós vamos tirar esta placa e quantas placas eles colocarem, nós vamos tirar”, avisou a petista, acompanhada por Segundo Rocha.
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“Defendemos o presidente Lula e vamos ser vencedores nesta eleição. Eles vão ter que nos engolir de qualquer forma”, afirma, confiante, considerando-se as pesquisas divulgadas até o momento. No Datafolha, o petista pode vencer no primeiro turno ao obter 47% contra 29% de Jair Bolsonaro (PL).
O caso de Coronel Sapucaia só mostra o nível de tensão da campanha eleitoral. Em maio, o ex-prefeito de Mundo Novo e candidato a governador nas eleições de 2018, Humberto Amaducci (PT), ganhou os holofotes ao arrancar um outdoor com Lula atrás das grades em Iguatemi.
“Recebi reclamações da nossa militância, de eleitores de Iguatemi. Fui lá olhar e me deparei com um cartaz extremamente ofensivo. Aí vi umas fotos do presidente da Associação Comercial, fazendo arminha com a mão, como se tivesse segurando uma espingarda, apontando pro Lula. Tenho o entendimento que isso é uma ameaça ao ex-presidente e uma ofensa aos eleitores de Lula, ao povo que respeita a democracia. Esse tipo de coisa, a gente tem de dar um basta. Não titubeei, peguei e arranquei”, relatou na ocasião.
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Iguatemi, Darci Antônio Silva, registrou boletim de ocorrência contra a retirada do outdoor bancado pela entidade. O caso foi registrado como dano ao patrimônio.
Em março do ano passado, partidários de Bolsonaro depredaram um outdoor contra o presidente na Avenida Júlio de Castilho, em Campo Grande. “Vacina e SUS salvam vidas, Bolsonaro não”, dizia a propaganda que irritou os bolsonaristas e usaram uma vara para apagar as críticas.
Pior ainda foi a situação em agosto de 2020 em Corumbá. O Sinnasefe (Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Técnica) espalhou três outdoors em Corumbá com críticas ao presidente: “A morte não pode governar o Brasil. Fora Bolsonaro”. Bolsonaristas serraram os três outdoors e ainda atearam fogo.