O procurador de Justiça, Sérgio Harfouche (Avante), não planeja manter o apoio à candidatura a governadora de Rose Modesto (União Brasil) caso a sigla aprove o lançamento do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (União Brasil) para o Senado. A estratégia é repetir 2018, quando ele não apoiou nenhum candidato a governador e acabou obteve 292 mil votos.
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Inicialmente, ele tinha fechado com a candidata e a presidente do União Brasil, senadora Soraya Thronicke, de que seria o candidato a senador do grupo. No entanto, Mandetta acabou obtendo apoio da cúpula nacional do União Brasil, como o presidente, Luciano Bivar, e o secretário-geral, ACM Neto, para disputar o Senado.
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Na semana passada, Soraya informou que a convenção, marcada para sexta-feira (22), vai decidir se lançará Mandetta ou vai apoiar Harfouche para o Senado. A expectativa é de que o partido aprove a candidatura do ex-ministro e obrigue Harfouche a se lançar como independente.
A decisão joga um banho de água fria no plano inicial do promotor, que esperava contar, pelo menos, com o tempo de TV do União Brasil, que é o maior entre os partidos, para superar o favoritismo da ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina (PP), do Centrão. Mas Rose também poderá perder o apoio do Avante.
De acordo com o presidente regional do Avante, Lúcio Soares, Harfouche poderá se dividir entre os cinco candidatos a governador: Rose, o Capitão Contar (PRTB), o ex-governador André Puccinelli (MDB), o ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), e o ex-secretário estadual de Infraestrutura, Eduardo Riedel (PSDB).
“Tem muita gente que está dentro de cada um desses grupos que não apoiam seus respectivos candidatos a Senado, e nisso temos votos em cada um dos grupos”, aposta o dirigente. “Não tem absolutamente nada fechado, mas não precisamos apoiar ninguém e ter apoio de todos os dissidentes de cada agremiação”, afirmou.
“Dr. Sérgio Harfouche é pré-candidato ao Senado pelo Avante, e sempre foi, por isso não fomos para nenhum Partido e nos mantivemos com o Avante”, garantiu Soares.
Enquanto Rose tem dois postulantes ao Senado, o ex-governador André não tem, oficialmente, nenhum. O ex-prefeito de Costa Rica, Waldeli dos Santos Rosa (MDB), é cotado para o Senado, mas ele também pode ser o candidato a vice-governador.
Marquinhos tem o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira (PSD) para disputar o Senado, mas que também pode ser deslocado para ser vice. Neste caso, ele ficaria com a vaga de senador em aberto.
Capitão Contar apoia Tereza, mas a deputada do Centrão optou pelo candidato do PSDB. Na prática, o deputado não tem candidato a senador na sua chapa.
Mandetta vem articulando para ser o candidato a senador e espera contar com o apoio de Rose. O outro candidato a senador é o advogado e professor universitário Tiago Botelho (PT), que conta com o apoio do ex-presidente Lula para decolar e vencer o pleito.