O senador Tasso Jereissati (PSDB) é o mais cotado para ser o candidato a vice-presidente de Simone Tebet (MDB) nas eleições deste ano. No entanto, os tucanos ainda querem pressionar a senadora a acertar a retirada da candidatura a governador de André Puccinelli (MDB) e obter o apoio do MDB em Mato Grosso do Sul para o ex-secretário estadual de Infraestrutura, Eduardo Riedel (PSDB).
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Conforme o jornal O Globo, Tasso esteve reunido na sexta-feira com o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), para acertar o apoio do partido a emedebista. Desde que o seu candidato, o ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, perdeu as prévias para João Doria, o cearense vem defendendo que Simone é a mais indicada para disputar a presidência da República.
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Tasso faz dobradinha com Michel Temer (MDB), que terminou o mandato como o presidente mais impopular da história e se tornou conselheiro de Tebet, para viabilizar a candidatura de Simone. De acordo com o jornal carioca, o senador do Ceará tem deixado claro que aceitará ser vice na chapa de Simone.
Em troca da aliança, a senadora vai incluir no programa de governo um projeto do cearense, que prevê responsabilidade social com metas.
Os outros dois nomes cotados para compor a chapa teriam recusado o convite. Eduardo Leite tem sinalizado que prefere disputar o Governo do Rio Grande do Sul, o qual havia renunciado para disputar a presidência em março deste ano. Doria anunciou a desistência da candidatura e viajou para descansar por alguns dias.
Em entrevista ao Jota, integrante da cúpula do PSDB reafirmou que o partido espera mais entrega de Simone nas negociações. Os tucanos estariam exigindo que a senadora mostre poder em Mato Grosso do Sul e exija a saída de André da disputa em troca do apoio a Riedel.
Na quinta-feira, em evento na Capital, Simone deixou claro que André é seu candidato a governador e não estaria negociando a sua saída do páreo. Ela até disse que já havia tratado do assunto com o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo. Contudo, o próprio cacique tucano havia revelado a exigência em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo.
Uma das exigências do PSDB deverá ser atendida por Simone. Ela deve viajar a Porto Alegre para acertar a retirada da candidatura do deputado estadual Gabriel Souza (MDB) em troca do apoio a Eduardo Leite para o Governo.
Além do PSDB, Simone ainda precisa convencer o MDB nacional de que será competitiva na disputa. Nas pesquisas divulgadas nesta semana, ela segue entre 1% e 2%. De acordo com a Folha de São Paulo, 13 dos 27 diretórios do MDB não garantem que vão manter a candidatura própria a presidente na convenção nacional, prevista para o final de julho deste ano.
Com Simone patinando nas pesquisas e na formação da aliança, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) seguem firmes na polarização.