A candidatura a governador do ex-secretário estadual de Infraestrutura, Eduardo Riedel (PSDB), sofreu um desfalque nesta semana com a debandada dos principais líderes da juventude tucana. Em carta, 33 jovens pediram desfiliação da sigla e seis dos nove dirigentes da JPSDB renunciaram aos cargos e aderiram à candidatura a governadora da deputada federal Rose Modesto (União Brasil).
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O grupo abandonou o ninho tucano por questão de “sobrevivência política e descaso partidário com o segmento de Juventude”, conforme o ex-presidente da JPSDB, Ítalo Marques Buarque Gusmão.
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“Ressaltamos que a motivação para essa tomada de decisão, foi pensada e discutida incansavelmente por todo o grupo, e se dá devido aos seguintes motivos: 1- A necessidade de viver novos desafios que o grupo deseja trilhar. 2- As dificuldades rotineiras na seara partidária, bem como a falta de valorização do grupo”, justificaram em carta encaminhada ao presidente regional do PSDB, Sérgio de Paula.
“Nesta data o PSDB/MS perde a Juventude referência nacional e modelo de gestão em juventude partidária, e não foi por falta de tentativas nossas em contribuir, mas sim pelo descaso partidário com a juventude. Não havendo mais sentido e motivação para insistir, decidimos ser acolhidos em um espaço partidário onde a juventude será bem-vinda”, explicaram no documento, que viralizou no fim de semana.
“Riedel é uma pessoa muito bacana, um cara do bem e um quadro bem técnico”, ressaltou Gusmão, sobre o pré-candidato tucano. No entanto, ele fez ressalva por pelo nome ter sido imposto a base.
“Politicamente todos sabem que ele não tem viabilidade política neste momento. A candidatura dele foi definida por poucos caciques partidários, e algo dessa envergadura não se viabiliza sem apelo popular. A realidade dos fatos é essa”, afirmou, sobre os resultados das pesquisas, que mostram o candidato tucano sempre em 4º lugar.
“Dentro do partido a campanha dele é um clima de velório, mas ninguém tem coragem de ser sincero e falar a verdade ou por ter medo de perder o cargo, ou por medo de retaliação de quem sempre lidou politicamente e partidariamente a ferro e fogo. Acostumaram a fazer as pessoas de refém barganhando através de nomeações”, pontuou, revelando o estilo usado na gestão de Reinaldo Azambuja (PSDB).
“Uma pessoa pra se tornar Governadora não basta somente uma decisão de poucos cabeças e zero apelo popular”, cutucou. Nesta sexta-feira, ele se reuniu com o secretário-geral adjunto do União Brasil, Rhiad Abdulahad.
“O União Brasil é um partido, extremamente democrático e onde eles vão ter voz e todo o espaço que merecem. A política é voltada para o futuro e para os jovens”, ressaltou. Ele exaltou a chegada dos ex-tucanos, que vão ter espaço na sigla e poderão colaborar com as propostas da legenda. “Eles acrescentam demais para todos do União Brasil, tanto candidaturas majoritárias, como federais e estaduais”, frisou.
Em entrevista ao Midiamax, Sérgio de Paula confirmou a debandada. “”Primeiro temos que respeitar decisões de qualquer filiado, em todo nosso estado, que são mais 33 mil filiados. Neste momento, estamos no interior do Estado, porém segunda vamos tomar as providências, dentro do respeito da legalidade”, afirmou.