O diretório nacional aprovou intervenção no PDT em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Paraíba. Com a decisão, a cúpula afasta o decano João Leite Schmidt do diretório regional e o PDT deve deixar de ser linha auxiliar do deputado federal Dagoberto Nogueira, que trocou a sigla pelo PSDB, e abandonar o palanque do candidato a governador tucano e ex-secretário estadual de Infraestrutura, Eduardo Riedel.
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De acordo com o Everton Gomes, a intervenção foi necessária para que o “partido seja de fato: plural, de esquerda e alinhado ao PND”. Na prática, os pedetistas sul-mato-grossenses não vão subir no palanque que deverá contar com Jair Bolsonaro (PL) e do ex-governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
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Antes de deixar a sigla após 31 anos, Dagoberto tinha fechado acordo de apoiar a candidatura de Riedel. Como não viabilizou a chapa para garantir a sua reeleição, ele trocou o PDT pelo PSDB. O sucessor, Schmidt garantiu o cumprimento do acordo, ou seja, de manter o partido no palanque tucano em MS.
“O (Carlos) Lupi está brabo porque o Dagoberto não só deixou o partido, mas levou 11 pré-candidatos da chapa para federal que tínhamos. Ele ainda não me ligou e eu também não fui falar com ele, mas a posição do PDT nacional será de nomear cinco nomes para comandar o partido aqui”, afirmou Schmidt em entrevista ao Campo Grande News.
“Temos o compromisso com o Ciro e é muito bom ter um palanque no Estado se for confirmar o apoio do pré-candidato a governador Eduardo Riedel. Vamos dividir, a política é a arte de conviver”, confirmou o dirigente, que ainda não foi formalmente afastado do cargo.
“Não dei conta de formar uma chapa. Eles ficaram inconformados com minha saída. Era normal que acontecesse essa nomeação de uma nova comissão provisória. Acabou nosso prazo ontem. Mas essa crise está mais na imprensa, do que no PDT”, ponderou Dagoberto, negando crise na sigla.
O mais prejudicado com a intervenção pode ser o deputado estadual Lucas de Lima, que havia trocado o Solidariedade pelo PDT com a perspectiva de apoiar o candidato a governador de Reinaldo Azambuja.
Dagoberto está no terceiro mandato de deputado federal e pode ter dificuldades em obter um novo mandato sem o respaldo do PDT, mesmo estando no PSDB.
Com a intervenção, Riedel passa a contar com dois palanques presidenciáveis no Estado, o do tucano Doria e do presidente Bolsonaro.