O pré-candidato a governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), deve dividir o palanque com três presidenciáveis nas eleições deste ano: o presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o ex-ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes (PDT). Contudo, como os últimos dois estão em baixa no Estado, ele vem realizando esforço de marketing para colar a sua imagem apenas na de Bolsonaro, que lidera as pesquisas no Estado.
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A estratégia para alavancar a candidatura do tucano conta com o apoio do Correio do Estado, que estampou suposta aliança entre Bolsonaro, a ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina (PP), e Riedel. O jornal divulgou uma reunião de prefeitos do PSDB, PP, PL e Republicanos que vão encabeçar o movimento de apoio aos três nas eleições deste ano.
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Riedel é o candidato de Reianaldo Azambuja e terá a missão de dar o terceiro mandato consecutivo aos tucanos em Mato Grosso do Sul. A gestão do PSDB foi marcada pelo aumento de tributos, arrocho com o funcionalismo público estadual e redução de 32% nos salários dos professores da rede pública estadual sem concurso público.
O ex-secretário estadual de Infraestrutura é do PSDB, que conta com candidato próprio a presidente da República. O problema é que Doria é impopular em Mato Grosso do Sul. Além de pontuar em torno de 2% a 3%, ele tem um alto índice de rejeição.
A outra opção seria Ciro Gomes, do PDT, que formalizou aliança com os tucanos no Estado. O deputado federal Dagoberto Nogueira se filiou ao PSDB, mas vem ressaltando que a alma continua de centro-esquerda e ligada ao PDT. Ele já se manifestou que o seu candidato a presidente será Ciro Gomes.
O terceiro palanque de Riedel será de Bolsonaro. Ele vai usar a influência da deputada federal Tereza Cristina para colar o nome no de Bolsonaro e minimizar a candidatura do deputado estadual Renan Contar, o Capitão Contar, que deixou o PL ao perceber a armadilha. O deputado está no PRTB e garante que vai ser o candidato a governador de Bolsonaro em Mato Grosso do Sul.
Para convencer o eleitor, Riedel vai repetir estratégia usada nas eleições de 2018. Em Mato Grosso do Sul, Reinaldo acabou deixando o candidato do PSDB de lado, Geraldo Alckmin, para colar em Bolsonaro. O mesmo ocorreu em São Paulo, com João Doria, e no Rio Grande do Sul, com Eduardo Leite. Após reeleitos, Doria e Leite passaram a ser os maiores críticos de Bolsonaro.
Enquanto na disputa do Executivo, Contar e Riedel vão duelar para convencer o eleitor de que contam com o apoio de Bolsonaro, a situação deverá ser mais disputada no Senado. Além de Tereza Cristina, o bolsonarismo deve se dividir entre as candidaturas do juiz federal aposentado Odilon de Oliveira (PSD) e do procurador de Justiça, Sergio Harfouche (Avante).
Harfouche foi o mais votado na disputa do Senado em Campo Grande em 2018 e se manteve fiel ao presidente, inclusive em pontos polêmicos na pandemia da covid-19. Odilon era filiado ao PDT, mas se arrependeu de ter sido candidato por um partido de esquerda.
Como tantos aliados, Bolsonaro deve optar pela discrição no primeiro turno e só subir no palanque de um aliado no segundo turno.