A doença de Alzheimer é a realidade de pelo menos 70% das 55 milhões de pessoas com demência em todo o mundo. Somente no Brasil, são 1 milhão de pessoas atingidas pela doença, segundo o Ministério da Saúde.
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Essa perda progressiva de memória ainda é um desafio a pacientes e cientistas. Um recente estudo, desenvolvido pelo Instituto Karolinska, da Suécia, e o LSU Health New Orleans aposta na redução da neuroinflamação a partir de tratamento nasal não invasivo.
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Por enquanto, os testes são realizados em cobaias, mas já revela resultados promissores, publicados na revista Biologia das Comunicações no início de abril. À revista, o professor de psiquiatria e neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Pittsburgh Tharick Pascoal afirmou que o estudo é um alento para os pacientes, hoje submetidos à terapia intravenosa. A pesquisa, aponta o médico, revela efeito antiinflamatório do cérebro de pessoas com a doença de Alzheimer e interrompem a progressão dos danos neurológicos.
No cérebro de uma pessoa com a doença de Alzheimer, a comunicação entre os neurônios é interrompida. Isso acontece porque a inflamação é caracterizada pelo depósito de placas que bloqueiam a interconectividade e resultam em emaranhados de proteínas dentro dos neurônios. Essa situação, contudo, não é a única indicadora da doença, embora seja um gatilho importante para desencadeá-la.
Também à revista, o médico Ceren Emre, autor principal do estudo, destaca que ainda não é conhecido o que acontece primeiro, se a formação das placas ou a inflamação. De qualquer maneira, incluir uma terapia o menos agressiva possível auxilia no bem estar dos pacientes e cuidadores, diante das dificuldades impostas pela doença.
Principais sintomas do Alzheimer, além da perda progressiva da memória:
- Dificuldades em completar tarefas que antes eram simples;
- Dificuldades para resolver problemas;
- Mudança repentina de humor ou personalidade;
- Afastamento dos amigos e familiares;
- Confusão sobre locais ou pessoas e eventos;
- Confusão para compreensão de imagens.
Fatores de risco para o Alzheimer
O avanço da idade ainda é o principal fator de risco. A maioria das pessoas diagnosticadas tem mais de 65 anos, embora até 5% dos pacientes tenham desenvolvido a doença de maneira prematura.
Outro fator importante é o histórico familiar. Há maior probabilidade quando pessoas da mesma família desenvolvem a doença. E, para além dos fatores genéticos, o estilo de vida também pode aumentar as chances do desenvolvimento de Alzheimer.
Instrumentos para o diagnóstico de Alzheimer:
- Exame de imagem cerebral;
- Exames de sangue;
- Análise do histórico médico da família;
- Testes cognitivos para avaliação do raciocínio e memória;Estágios da doença de Alzheimer
Segundo a Associação Brasileira de Alzheimer, a doença tem três estágios: leve, moderado e grave.
A fase leve é caracterizada pela dificuldade em encontrar palavras, desorientação no tempo e espaço, dificuldade em tomar decisões, perda de motivação, agressividade e depressão. Ainda nessa fase, o doente pode apresentar redução do interesse em atividades antes prazerosas, como atividades e passatempos.
Já na fase moderada, é mais comum perceber o prejuízo da memória, esquecimento de fatos importantes e nomes de pessoas próximas. A partir dessa fase, o doente já apresenta incapacidade de viver só e desenvolver atividades de rotina, como manter a higiene pessoal. Também passa a ter dificuldades na fala e o comportamento irritadiço fica mais evidente.
A fase grave é marcada pelo prejuízo à deglutição, à dificuldade em compreender e orientar-se no espaço. Também passa a haver incontinência urinária e fecal. À medida em que a doença se agrava, o paciente perde a capacidade de locomoção e passa a demandar o uso de cadeiras de rodas, tendo, muitas vezes, que ficar acamado.