As entidades do setor produtivo de Mato Grosso do Sul querem emplacar o diretor-superintendente do Sebrae/MS, Cláudio George Mendonça (PL), como candidato a primeiro suplente de senador da ex-ministra da Agricultura e Pecuária, Tereza Cristina (PP). Ele é filiado ao partido do presidente Jair Bolsonaro (PL) e tem apoio para destronar o ex-senador Pedro Chaves, que trocou o PSDB pelo Progressistas com a intenção de ocupar a mesma vaga.
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O problema é que Chaves não tem voto nem apoio para repetir a candidatura. Em 2010, ele foi primeiro suplente de senador na chapa de Delcídio do Amaral e acabou assumindo a vaga com a cassação do titular. Na época, o presidente regional do PTB foi preso acusado de tentar comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, na Operação Lava Jato. Delcídio acabou absolvido anos depois, mas o estrago já estava feito.
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Milionário, Pedro Chaves tinha um cargo de secretário especial na gestão de Reinaldo Azambuja (PSDB). No entanto, não houve nenhum balanço dos feitos do ex-senador no período de quatro anos em que exerceu a função com salário mensal de R$ 28 mil.
Tereza Cristina é favorita na disputa da única vaga de senadora por Mato Grosso do Sul. Como Bolsonaro anunciou que pretende reconduzi-la ao comando do Ministério da Agricultura em caso de reeleição, a vaga de primeiro suplente da deputada federal é quase uma eleição de senador, no caso de vitória do atual chefe do Poder Executivo.
Cláudio Mendonça passou a contar com o apoio de dirigentes das entidades do setor produtivo, como a Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária), a Fecomércio (Federação do Comércio) e a Fiems (Federação das Indústrias), entre outras instituições.
Formado em economia pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e em Direito pela Unaes, Mendonça ainda possui MBA em Gestão Empresarial e está no Sebrae desde 2007. Atualmente, exerce a função de diretor-superintendente.
Além de ser natural de Nioaque, cidade em que o presidente da República serviu como militar, ele é do mesmo partido do presidente. Mendonça foi candidato a vice-prefeito de Campo Grande na chapa de Rose Modesto em 2016, quando disputaram o segundo turno com Marquinhos Trad (PSD).
Os defensores da candidatura de Mendonça pontuam que ele é jovem, empreendedor e sucedido com muitas realizações a frente do Sebrae. No mês passado, o Sebrae levou uma caravana de prefeitos para Dubai, onde participaram de exposição para conhecer novas alternativas de desenvolvimento por meio do programa “Cidade Empreendedora”.
A vaga de suplente de senador não é disputada por acaso. Além de Pedro Chaves, outros já assumiram o mandato de senador no lugar do titular. Valter Pereira assumiu com a morte do então senador Ramez Tebet (MDB). O empresário Antônio Russo Neto assumiu a vaga de Marisa Serrano, que foi indicada para o cargo de conselheira do Tribunal de Contas do Estado.
O empresário Antônio João Hugo Rodrigues também teve os momentos de senador com o afastamento do titular na época, Delcídio do Amaral, para fazer a campanha para o Governo em 2006.
Cada candidato a senador tem dois suplentes. Além de Tereza Cristina, o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira (PSD) é outro postulante. Os advogados Giselle Marques e Tiago Botelho disputam a indicação para representar o PT na disputa.