A CCR MS Via investiu apenas R$ 20,1 milhões na BR-163 no ano passado, redução de 49,5% em relação ao ano anterior e é o menor volume em sete anos de concessão. O número de mortos em acidentes na rodovia teve aumento de 14,89% em 2021 e registra alta pelo segundo ano consecutivo. Mesmo com crescimento de 27% na receita bruta, a concessionária contabiliza prejuízo de R$ 75,499 milhões.
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Em sete anos, a MS Via faturou R$ 1,813 bilhão com a cobrança de pedágio, conforme o balanço do ano passado, publicado neste mês. Apesar de ter faturado uma fortuna, a concessionária não cumpriu o contrato de concessão, que previa a duplicação dos 845 quilômetros em cinco anos.
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Aliás, a MS Via não cumpre nem as determinações da ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre). A Justiça suspendeu os R$ 348 milhões em multas aplicadas pelo órgão regulador pelo não cumprimento do acordo firmado em 2014. Nem a redução de 54% no valor do pedágio foi acatada pela concessionária, que conseguiu suspender a decisão na Justiça Federal do Distrito Federal.
A CCR só continua com a BR-163 porque houve acordo com o Governo de Jair Bolsonaro (PL) para permanecer cobrando pedágio enquanto o Ministério da Infraestrutura prepara o edital de relicitação. O primeiro termo aditivo prevê que a empresa vai continuar cobrando pedágio até junho de 2023.
Conforme o balanço, a receita bruta da concessionária teve crescimento de 27% no ano passado, quando chegou a R$ 429,3 milhões, contra R$ 337,8 milhões contabilizados em 2020. A receita com pedágio caiu 20,64%, passando de R$ 292,3 milhões para R$ 231,9 milhões em 2021. A queda foi atribuída ao excedente de R$ 104,7 milhões incluído no balanço, de acordo com a explicação dada pelos auditores.
O curioso é que a empresa registrou queda justamente no ano em que o brasileiro passou a viajar mais em relação a 2020, quando houve mais restrições por causa da pandemia da covid-19. No ano passado, 16,403 milhões de veículos pagaram pedágio. A empresa alega ter contabilizado prejuízo de R$ 75,499 milhões, redução de 78,3% em relação ao ano anterior, quando foi de R$ 348,8 milhões.
A MS Via investiu apenas R$ 20,148 milhões no ano passado, redução de 49,5% em relação a 2020, quando foram aplicados R$ 39,9 milhões. O montante é o menor desde o início da concessão e ficou abaixo do valor registrado em 2019, quando o investimento somou R$ 26,4 milhões. Em 2018, para efeito de comparação, a concessionária investiu R$ 146,6 milhões.
A redução do investimento teve efeito no aumento de 14,89% no número de mortos em acidentes na rodovia. Foram 54 óbitos em 2021, contra 47 em 2020. Em relação a 2019, quando foram 41 mortes, houve aumento de 31,7%.
Também houve aumento de 16% na quantidade de feridos em acidentes, que passou de 805 para 935 pessoas, de acordo com o balanço da concessionária. No total, o número de acidentes cresceu 8%, de 1.397 para 1.511.
A CCR MS Via investiu apenas R$ 20,1 milhões na BR-163 no ano passado, redução de 49,5% em relação ao ano anterior e é o menor volume em sete anos de concessão. O número de mortos em acidentes na rodovia teve aumento de 14,89% em 2021 e registra alta pelo segundo ano consecutivo. Mesmo com crescimento de 27% na receita bruta, a concessionária contabiliza prejuízo de R$ 75,499 milhões.
Em sete anos, a MS Via faturou R$ 1,813 bilhão com a cobrança de pedágio, conforme o balanço do ano passado, publicado neste mês. Apesar de ter faturado uma fortuna, a concessionária não cumpriu o contrato de concessão, que previa a duplicação dos 845 quilômetros em cinco anos.
Aliás, a MS Via não cumpre nem as determinações da ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre). A Justiça suspendeu os R$ 348 milhões em multas aplicadas pelo órgão regulador pelo não cumprimento do acordo firmado em 2014. Nem a redução de 54% no valor do pedágio foi acatada pela concessionária, que conseguiu suspender a decisão na Justiça Federal do Distrito Federal.
Investimentos feitos pela CCR MS Via
- 2017 – R$ 267,459 milhões
- 2018 – R$ 146,643 milhões
- 2019 – R$ 26,438 milhões
- 2020 – R$ 39,901 milhões
- 2021 – R$ 20,148 milhões
A CCR só continua com a BR-163 porque houve acordo com o Governo de Jair Bolsonaro (PL) para permanecer cobrando pedágio enquanto o Ministério da Infraestrutura prepara o edital de relicitação. O primeiro termo aditivo prevê que a empresa vai continuar cobrando pedágio até junho de 2023.
Conforme o balanço, a receita bruta da concessionária teve crescimento de 27% no ano passado, quando chegou a R$ 429,3 milhões, contra R$ 337,8 milhões contabilizados em 2020. A receita com pedágio caiu 20,64%, passando de R$ 292,3 milhões para R$ 231,9 milhões em 2021. A queda foi atribuída ao excedente de R$ 104,7 milhões incluído no balanço, de acordo com a explicação dada pelos auditores.
O curioso é que a empresa registrou queda justamente no ano em que o brasileiro passou a viajar mais em relação a 2020, quando houve mais restrições por causa da pandemia da covid-19. No ano passado, 16,403 milhões de veículos pagaram pedágio. A empresa alega ter contabilizado prejuízo de R$ 75,499 milhões, redução de 78,3% em relação ao ano anterior, quando foi de R$ 348,8 milhões.
A MS Via investiu apenas R$ 20,148 milhões no ano passado, redução de 49,5% em relação a 2020, quando foram aplicados R$ 39,9 milhões. O montante é o menor desde o início da concessão e ficou abaixo do valor registrado em 2019, quando o investimento somou R$ 26,4 milhões. Em 2018, para efeito de comparação, a concessionária investiu R$ 146,6 milhões.
A redução do investimento teve efeito no aumento de 14,89% no número de mortos em acidentes na rodovia. Foram 54 óbitos em 2021, contra 47 em 2020. Em relação a 2019, quando foram 41 mortes, houve aumento de 31,7%.
Também houve aumento de 16% na quantidade de feridos em acidentes, que passou de 805 para 935 pessoas, de acordo com o balanço da concessionária. No total, o número de acidentes cresceu 8%, de 1.397 para 1.511.