Oficialmente filiada ao União Brasil, a deputada federal Rose Modesto afirmou, em evento neste sábado (12), que será pré-candidata a governadora porque “está preparada para cuidar das pessoas”. Com o apoio do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta e do vice-governador Murilo Zauith, que decidiram permanecer na sigla após a fusão entre o PSL e o DEM, ela afirmou que a candidatura é “uma missão de Deus”.
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Realizada no Rádio Clube Campo, a solenidade de filiação de Rose, que deixou o PSDB, contou com a presença do presidente nacional do União Brasil, o deputado federal Luciano Bivar, de Pernambuco. Com a saída dos dois deputados federais e dois estaduais, o novo partido dá início à largada sem representante na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados.
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No evento, o ex-secretário estadual de Infraestrutura, Marcelo Migioli, oficializou a troca do Solidariedade pelo União Brasil. Ele ficou em 4º lugar na disputa do Senado em 2018, quando obteve 347.861 votos pelo PSDB. Em 2020, ao disputar a prefeitura da Capital pelo SD, Miglioli obteve 7.899 votos (9º lugar).
Sumido desde o final do ano passado, logo após desistir de disputar a presidência da República, Mandetta ressurgiu para dar apoio a Rose. Ele criticou a política de segurança pública em Mato Grosso do Sul, principalmente, na fronteira. O ex-ministro pode disputar o Senado ou uma vaga na Câmara dos Deputados.
Presidente regional do União Brasil, a senadora Soraya Thronicke afirmou que o objetivo é transformar Mato Grosso do Sul em um centro de distribuição logística da América Latina, seguindo o exemplo de Singapura. “Eu tenho um sonho de vivermos novos tempos”, ressaltou a dirigente.
Afastado da política desde o início do ano passado em decorrência do tratamento contra a covid-19, o vice-governador Murilo Zauith fez questão de ir ao evento para deixar claro a permanência no União Brasil e o apoio a candidatura de Rose. O gesto cria uma saia justa para Reinaldo Azambuja (PSDB), que ganha mais um motivo para não disputar as eleições deste ano. Caso concorra ao Senado, o tucano deixará a máquina estadual nas mãos do adversário do seu candidato, o secretário estadual de Infraestrutura, Eduardo Riedel (PSDB).
Econômico no discurso, Bivar limitou-se a ressaltar que Rose Modesto é uma candidata de futuro, com potencial para quatro, oito ou 12 anos. “Sei da sua competência e determinação”, frisou.
Ao falar no evento, Rose voltou a destacar a origem humilde em Culturama, distrito de Fátima do Sul, e a vida simples em Campo Grande. “A vida nunca foi fácil, nunca tive nada de bandeja. Tive que trabalhar muito”, ressaltou, sobre as conquistas, inclusive as eleições de vereadora da Capital por dois mandatos, vice-governadora do Estado na primeira gestão de Reinaldo e deputada federal mais votada proporcionalmente ao obter mais de 120 mil votos em 2018.
Ela enfatizou o fato do Estado de Mato Grosso do Sul nunca ter eleito uma governadora ao longo de quatro décadas. A última mulher candidata foi Marisa Serrano (PSDB) em 2002, quando chegou ao segundo turno e acabou sendo derrotada por Zeca do PT. Apesar disso, Rose disse que a população não deve votar nem deixar de votar nela pelo fato de ser mulher, mas pelo histórico e se a considerar competente e concordar com o seu projeto.
A deputada tentou rebater as críticas de que não tem experiência em cargos executivos. “A maior experiência é cuidar de gente, de pessoas e estou fazendo isso desde que entrei em um sala de aula, fui vereadora, vice-governadora e deputada federal”, ressaltou. “Não cai de paraquedas, estou preparada para o maior desafio que é cuidar de gente”, afirmou.
Sobre as prioridades, a pré-candidata a governadora disse que pretende aliar desenvolvimento econômico com inclusão e afeto. “Eu sou trabalho, eu sou fé em Deus”, afirmou. Ela disse que Mato Grosso do Sul é um estado rico, mas desigual. Na sua avaliação, essa desigualdade ficou mais visível em decorrência da pandemia da covid-19.
Durante o evento, ele foi prestigiada por representantes do Podemos, o presidente da sigla, Sérgio Murilo da Mota, do Solidariedade, vereador Papy, do Avante e do PROS.
Além de Rose, a disputa pelo Governo do Estado já conta com o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), Eduardo Riedel, os ex-governadores Zeca do PT e André Puccinelli (MDB), o ex-vereador da Capital, Marcelo Bluma (PV), e o advogado Beto Figueiró (PRTB). Loester Trutis desistiu da disputa e do PTC ao se filiar ao PL neste sábado.