O empresário Roberto Bigolin ainda não livrou de denúncia criminal por usar ação inexistente para não pagar uma fortuna em tributos federais em 2012 e 2013. O juiz Luiz Augusto Iamassaki Fiorentini, da 5ª Vara Federal de Campo Grande, marcou audiência de instrução e julgamento por usar informação falsa da Receita Federal para não pagar R$ 3,4 milhões em contribuições sociais.
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Sócio da Bigolin, que teve a falência decretada pela Justiça estadual em agosto do ano passado e deve ter os bens leiloados nos próximos dias, tinha conseguido se livrar da denúncia por sonegação fiscal de R$ 5,1 milhões. A sentença do juiz Dalton Kita Conrado, então na 5ª Vara Federal, foi publicada no final de novembro do ano passado.
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Por ter repassado informação falsa para não pagar impostos, ele vai a novo julgamento, desta vez no dia 5 de abril deste ano, a partir das 14h30. A pena prevista é de dois a cinco anos. A denúncia foi feita há quase sete anos, em 7 de maio de 2015.
Conforme o Ministério Público Federal, Bigolin fez uma declaração retificadora à Receita Federal e informou que não recolheria os valores referentes ao PIS e a Cofins porque o pagamento tinha sido suspenso por determinação da Justiça Federal em Boa Vista, capital de Roraima.
Durante os anos de 2012 e 2013, ele deixou de recolher R$ 2,847 milhões referente a Cofins e R$ 617 mil do PIS. Ao abrir apuração para confirmar as informações, a Receita descobriu que a ação era da Justiça Federal de Recife, capital de Pernambuco, e a empresa de Roberto Bigolin não era parte do processo.
A retomada da denúncia é mais um contratempo na vida do empresário. Ele não conseguiu reverter a falência da Bigolin, decretada pelo juiz José Henrique Neiva de Carvalho e Silva, da Vara de Falências, Recuperações e Insolvências de Campo Grande, em agosto do ano passado. Esta é a segunda vez que o magistrado determina o encerramento do grupo constituído há mais de três décadas na Capital.
A primeira falência foi revertida no Tribunal de Justiça. Com a manutenção da falência, a Justiça se prepara para realizar o leilão dos materiais de construção e imóveis da Bigolin para quitar a dívida com os credores, que supera R$ 116 milhões.