Uma empresa de Campo Grande criou um programa de estágio específico para mulheres para ampliar a participação delas no mercado de trabalho de tecnologia da informação. Atualmente, apenas 20% dos trabalhadores no setor são do sexo feminino. Para mudar este cenário, a Digix lançou o Impulse Girls, voltado exclusivamente para mulheres e atraiu profissionais de todo o País.
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De acordo com a gerente para pessoas da companhia, Tathyanne de Almeida, o programa tem o objetivo de atrair mulheres para os cargos de desenvolvimento dentro da área de tecnologia da informação. Lançado em agosto do ano passado para selecionar seis mulheres, o programa atraiu 95 profissionais para disputar seis vagas.
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Foram selecionadas seis universitárias, sendo quatro de Mato Grosso do Sul, uma do Rio de Janeiro e outra do Espírito Santo. O programa de estágio também tem o objetivo de preparar as profissionais para o mercado de trabalho, considerando-se que existe uma lacuna entre a formação e a prática.
Como a área de TI é predominantemente dominada pelos homens, o projeto teve o objetivo de mostrar que a área de tecnologia é para todo mundo, explica Tathyanne. “Queremos desconstruir alguns mitos de que a mulher não é para a área de TI”, ressalta.
Uma das selecionadas foi a estudante de Engenharia de Software da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Alexya Viana, 23 anos. Mãe de uma menina de cinco anos, ela conseguiu conciliar o curso com o estágio e a maternidade. No curso, ela conta que são apenas 12 meninas na turma de 70 universitários.
O Impulse Girls facilitou para Alexya conseguir estágio, principalmente, porque os homens têm a fama de saberem mais e dominarem com mais facilidade à área de tecnologia da informação. O preconceito, às vezes, começa na sala de aula, com os professores dando mais atenção aos homens do que as universitárias.
“Dando mais espaço para essas profissionais, elas podem mostrar todo o seu potencial e ajudar as empresas a crescerem. Além disso, grande parte das vagas pede trabalhadores que já tenham experiência e, como ter, se não temos chances de trabalhar? Isso complica muito”, relata a estudante.
De acordo com o tech leader Renan Siravegna Moreira, o programa Impulse Girls tem trazido ótimos resultados. “É uma turma bem promissora. Todas estão evoluindo muito rápido e executando as tarefas com bom desempenho. Isso reafirma que ações como essa da Digix são necessárias. É importante fomentar e criar mais abertura para mulheres na TI”, afirmou.
De acordo com Tathyanne de Almeida, a Digix pretende seguir o exemplo das políticas afirmativas implementadas por grandes empresas brasileiras, como a Magazine Luiza. “Vamos formar novas turmas para atender outros públicos, como trans, negros e deficientes”, antecipa.
Pioneira no projeto em Mato Grosso do Sul, a Digix é uma das poucas empresas de tecnologia no Estado e no Brasil comandada por uma mulher. A CEO da companhia é a empresária Suely Almoas. “Espero que a presença feminina seja cada vez maior nesse segmento, ainda tão dominado pelos homens. Nós da Digix acreditamos que dar condições de igualdade para todos é extremamente importante para a evolução da nossa sociedade”, afirmou.
Para saber mais sobre a Digix, acesse www.digix.com.br.
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