No artigo “Endividamento: o conflito entre seu cérebro e o cartão de crédito”, o ensaísta e economista Albertino Ribeiro faz alerta sobre uma armadilha. Ao optar pelo cartão, o consumidor se endivida muito mais do que se usasse o dinheiro para fazer as compras.
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“Estudo divulgado pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) apontou que o total das famílias endividadas alcançou 75,6%, o equivalente a 12,2 milhões de famílias”, cita.
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“Uma notícia preocupante é que, dentre as principais dívidas, o cartão de crédito – que possui a maior taxa de juros – aparece em primeiro lugar, representando 85% dos casos. Este percentual subiu em relação ao ano de 2020, quando alcançara 77,5%”, conta Ribeiro.
“Existe uma região em nosso cérebro chamada de lóbulo insular. Esta região é responsável pela dor do arrependimento. Dessa forma, sempre que gastamos dinheiro, essa região é ativada como se fosse uma defesa do nosso cérebro contra a prodigalidade”, afirma. No entanto, quando o cartão é usado, a pessoa não ativa a região e gasta com mais vontade.
Confira o artigo na íntegra:
“Endividamento: o conflito entre seu cérebro e o cartão de crédito
Albertino Ribeiro
Estudo divulgado pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) apontou que o total das famílias endividadas alcançou 75,6%, o equivalente a 12,2 milhões de famílias.
As famílias, principalmente as mais pobres, foram as principais prejudicadas, pois se viram no meio de uma armadilha. Com a escalada inflacionária, cujo IPCA (índice oficial, calculado pelo IBGE) fechou o ano de 2021 em 10,06%, muitos perderam renda e tiveram que recorrer ao crédito para manter o nível de consumo.
Uma notícia preocupante é que, dentre as principais dívidas, o cartão de crédito – que possui a maior taxa de juros – aparece em primeiro lugar, representando 85% dos casos. Este percentual subiu em relação ao ano de 2020, quando alcançara 77,5%. Esse dado não é novidade; estudos baseados na neurociência têm mostrado que as pessoas tendem a gastar mais quando utilizam o ‘dinheiro de plástico’.
Existe uma região em nosso cérebro chamada de lóbulo insular. Esta região é responsável pela dor do arrependimento. Dessa forma, sempre que gastamos dinheiro, essa região é ativada como se fosse uma defesa do nosso cérebro contra a prodigalidade.
Contudo, a má notícia é que o filtro dessa região fica mais frouxo quando usamos o cartão de crédito ou fazermos compras online. É como se o nosso cérebro não reconhecesse essas formas de pagamento como dinheiro.
Então fica a dica para você, amigo leitor; na medida do possível, prefira dinheiro ao cartão, pois é uma maneira eficaz de evitar que você entre para as estatísticas do endividamento.”
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