Setores do MDB articulam para o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), desistir da candidatura para apoiar a campanha da emedebista Simone Tebet à presidência da República nas eleições deste ano. De acordo com o jornal O Estado de São Paulo, a manobra tem o objetivo de unir os dois partidos e de evitar o fracasso do tucano, já que ele não conseguiu decolar até o momento.
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A senadora também não decolou, mas ela teria rejeição menor do que Doria em pesquisa realizada pelo IPEC, instituto criado pelos executivos do extinto Ibope. Ao falar sobre a especulação, Simone descartou a possibilidade e acusou a imprensa de “falta de notícia”.
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A aliança entre os dois partidos nunca foi descartada pelos caciques políticos. No entanto, a novidade é prever a desistência de Doria para fortalecer a candidatura da senadora ao Palácio do Planalto. Já houve a especulação de que ela desistiria para ser a candidata a vice na chapa de Doria.
O boato até ganhou respaldo do próprio governador de São Paulo. Em entrevista, João Doria não só anunciou que procura uma mulher como companheira na disputa, como classificou Simone Tebet como nome ideal para sacramenta-lo como o nome da terceira via.
De acordo com o Estadão, o ex-presidente Michel Temer (MDB), que foi preso e denunciado no Supremo Tribunal Federal por corrupção, estaria empolgado com a candidatura de Simone. Ele seria um dos entusiastas para unir emedebistas e tucanos, mas com o objetivo de manter a sul-mato-grossense como cabeça de chapa.
O senador Tasso Jereissati (PSDB), do Ceará, reforçou o boato ao classificar Simone como cotada a ser “uma surpresa positiva” na campanha eleitoral. Ele teria participado de reunião com Temer para discutir as eleições deste ano.
Ao falar sobre o assunto, a senadora foi enfática ao descartar qualquer articulação neste sentido. Segundo Simone, não há movimento em nenhum partido, tanto no MDB como no PSDB, para que ela ou Doria desistiam da disputa em prol do outro.
Ela destacou as afinidades entre o PSDB e o MDB. Os emedebistas sul-mato-grossenses sempre apoiaram os tucanos na disputa da presidência da República.
Para tentar acabar com os boatos, a senadora até anunciou que já contratou um marqueteiro para atuar na sua campanha presidencial deste ano. O MDB acertou com Felipe Soutello, que fez a campanha pela reeleição de Mário Covas, prefeito de São Paulo, em 2020.
Além disso, Simone vem intensificando a concessão de entrevistas para jornais e emissoras de rádio em todo o País. O objetivo é sair do 1% nas pesquisas de opinião sobre a sucessão de Jair Bolsonaro (PL).
Atualmente, o levantamento é lidero pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na faixa de 40%, contra 25% de Bolsonaro. Na terceira via, o mais competitivo é o ex-juiz Sergio Moro (Podemos).
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