O deputado federal Loester Trutis (PSL) não vai permanecer no União Brasil, a ser criado a partir da fusão com o DEM, e tenta se filiar a um partido nanico para disputar o Governo do Estado nas eleições deste ano. Vetado para disputar a prefeitura nas eleições de 2020, ele se propõe a defender Jair Bolsonaro (PL), mesmo que o presidente apoie outro candidato à sucessão de Reinaldo Azambuja (PSDB).
[adrotate group=”3″]
Em entrevista ao Midiamax, o parlamentar confirmou que vai trocar de partido nas eleições deste ano. O polêmico deputado terá duas oportunidades: a abertura da janela partidária no final de março ou a formalização da nova sigla.
Veja mais:
Marquinhos supera André e Riedel fica em último lugar na disputa do Governo, diz IPR
André lidera, Rose e Marquinhos empatam e Riedel fica de fora do 2º turno, diz Ranking
Gasto de deputados em 10 meses já supera total de 2021; Trutis é o campeão no uso da cota
Rosa Weber nega pedido de irmão de Trutis para enviar processo ao Juizado Especial
“Vários (motivos para deixar o partido). Os principais são o não apoio ao presidente Bolsonaro pela cúpula nacional, o fato de não concordar com a política sobre fundo partidário e eleitoral”, justificou-se.
Isolado no PSL após brigar com a presidente regional do partido, a senadora Soraya Thronicke, Trutis não deve disputar a reeleição para tentar o Poder Executivo. “Três pequenos me convidaram para disputar o governo e o PL como federal. No final de janeiro, sentarei com o presidente para definir”, contou.
No caso do PL, partido de Bolsonaro, o candidato para disputar o Governo deve ser o deputado estadual João Henrique Catan, neto do ex-governador Marcelo Miranda. A sigla deve receber outros bolsonaristas, como os deputados estaduais Capitão Contar (PSL) e Coronel David (sem partido) e Dr. Luiz Ovando (PSL).
Bolsonaro já antecipou que vai apoiar o candidato a governador indicado pela ministra da Agricultura e Pecuária, Tereza Cristina (DEM). Ela vem percorrendo os municípios como pré-candidata a senadora com o secretário estadual de Infraestrutura, Eduardo Riedel, cotado para disputar o Governo pelo PSDB.
Caso o presidente siga a democrata e o PL lance João Henrique, Trutis não descarta ser candidato a governador independente, mas para defender Bolsonaro e a pauta conservadora. “Eu confio no presidente. Nunca pedi para ele me apoiar em 2022, meu apoio não é moeda de troca”, postou nas redes sociais, sobre as eleições deste ano.
No primeiro mandato de deputado federal e polêmico, sem papas na língua, Trutis tentou ser candidato a prefeito de Campo Grande no lugar de Siqueira, que ele tinha convidado para disputar a sucessão de Marquinhos Trad (PSD). Após uma guerra judicial, ele acabou perdendo a vaga para o então vereador.
Trutis é o campeão de gastos com a cota parlamentar, conforme o Portal da Transparência da Câmara dos Deputados. Nas redes sociais, ele tentou se explicar sobre os R$ 453 mil utilizados no ano passado. “Vc já reparou que os gastos citados em matérias de jornais que são comprados por políticos tradicionais nunca levam em conta os reais gastos partidários? Qual meu é Zero! Gastos partidários somam milhões”, afirmou, repetindo a tática desde a eleição, de atacar os jornais.
“Fora isso eu abri mão de auxílio moradia de 60 mil, um dos únicos que dispensou a aposentadoria especial, o único que não pede reembolso alimentação”, afirmou. A maioria dos deputados e senadores de MS usam imóvel funcional e não recebem auxílio moradia.
Trutis também foi acusado pela Polícia Federal de simular um atentado em fevereiro de 2020. A denúncia aguarda análise do Supremo Tribunal Federal e ele pode se tornar réu por três crimes, que são falsa comunicação de crime, porte ilegal de arma de fogo e disparo de arma.
Além de Trutis, os pré-candidatos a governador são André Puccinelli (MDB), Eduardo Riedel, João Henrique, Marquinhos Trad, Rose Modesto, Vinicius Siqueira e Zeca do PT.