Acordo intermediado pelo Ministério Público do Trabalho adiou a greve dos trabalhadores no transporte coletivo de Campo Grande, prevista para amanhã (7). A tarifa terá reajuste de 5% e a passagem do ônibus urbano passará para R$ 4,40 a partir da próxima sexta-feira (14). Além de zerar a cobrança do ISS (Imposto Sobre Serviço), a prefeitura vai criar um grupo de trabalho para definir o subsídio para compensar as gratuidades.
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Com o acordo, os trabalhadores do transporte coletivo adiaram a paralisação para o dia 14. A expectativa é de que o Consórcio Guaicurus concorde com o reajuste de 11,08% e a greve seja suspensa definitivamente no transporte urbano da Capital.
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O impasse começou na semana passada com a publicação do decreto do prefeito Marquinhos Trad (PSD), que limitou o reajuste nos serviços públicos a 5% em 2022. Na ocasião, o chefe do Executivo alegou que o campo-grandense não pode ser penalizado com grave crise causada pela pandemia e pela inflação acima de 10%.
No mesmo dia, o Sindicato dos Trabalhadores no Trabalhadores no Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande convocou assembleia geral para analisar a greve. A paralisação foi aprovada na última segunda-feira (3) para começar amanhã. A reunião no MPT ocorreu em regime de urgência para evitar a paralisação dos ônibus.
O prefeito Marquinhos Trad (PSD) participou virtualmente do encontro porque teve o teste positivo para covid-19 na quarta-feira (5). Conforme a ata do encontro, ele propôs o a reajuste de 5% na tarifa do transporte coletivo e zerar o ISS. O consórcio concordou com a proposta. Assim, a tarifa passa de R$ 4,20 para R$ 4,40 a partir da próxima sexta-feira (14).
Como as empresas insistiram no reajuste de 21,93% definido pela Agereg (Agência Municipal de Regulação), Marquinhos propôs ainda zerar a cobrança de ISS e devolver os valores depositados judicialmente no ano passado. O montante seria de aproximadamente R$ 1,3 milhão.
Além disso, uma junta, a ser presidida pelo secretário municipal de Governo, Antônio Lacerda, junto com promotores e vereadores, vai discutir uma forma de compensação financeira pelo não reajuste de 21,93% na tarifa. O objetivo será buscar o reequilíbrio econômico-financeiro do contrato e evitar o repasse do aumento ao usuário dos ônibus urbanos de Campo Grande.
Nova reunião deverá tentar evitar a greve dos trabalhadores, prevista para o dia 14.